Carnes / Peixes
30/10/2009 13:29 - Arroba do boi chega ao piso e mercado sinaliza novo recuo
No mês de outubro o preço da arroba do boi, em São Paulo, já recuou 6% e a perspectiva é a de que a cotação caia ainda mais. Passado o pior período após o pedido de recuperação judicial de empresas do setor, os frigoríficos agora ampliam as escalas de abate e pressionam os produtores por prazos de pagamento cada vez maiores.
O preço do boi gordo está sendo negociado abaixo de R$ 76 a arroba, no patamar mais baixo do ano. A queda nas exportações diminuiu o apetite da indústria cuja escala de abate está cada vez mais elástica. "De modo geral, o volume de negócios não tem sido expressivo e a comercialização de lotes nos menores preços dos intervalos, ou em certos casos abaixo deles, levou à queda nas médias diárias", avalia Shirley Martins Menezes, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Entre os dias 21 e 28 de outubro, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&F Bovespa acumulou baixa de 1,46%, fechando a R$ 75,18 na última quarta-feira. Na parcial do mês de outubro, a queda é de 5,54%.
Com o mercado a vista e futuro registrando mínima atrás de mínima os pecuaristas já se perguntam onde será o fundo do poço. Levantamento feito pela Scot Consultoria destaca que patamares de preço semelhantes aos deste mês foram observados apenas em março, mas na época a tentativa de compras abaixo desse valor não foram bem sucedidas. Agora o cenário é outro e a pressão de baixa tem se mostrado cada vez mais intensa.
As escalas que, no início do ano atendiam, em média, quatro dias, agora são feitas, em média, em sete dias, com alguns grandes frigoríficos informando programações de abate de mais de nove dias. "Quem segurou o boi para esperar preços melhores acabou acumulando no final do ano e agora precisa escoar, causando um aumento da oferta de animais de forma geral", afirma Lygia Pimentel, analista da Scot.
A especialista explica que a venda de boi de pasto, que era para ter sido efetuada até agosto, quando começa a entressafra, foi retardada e está sendo realizada junto com a comercialização do boi de confinamento.
A analista destaca ainda que a entressafra deste ano foi atípica, com um grande volume de chuvas, o que ajudou a manter os bois no pasto por mais tempo. "Além disso, o câmbio não tem ajudado nas exportações e com isso sobra carne no mercado interno, desestimulando os frigoríficos a procurarem mais boi", diz Pimentel.
As exportações de carne brasileira somaram US$ 53,6 milhões no acumulado do dia 1 a 25 de outubro. O número está 13,4% acima da média diária de setembro, mas ainda é 15,2% inferior ao mesmo período de 2008 .
Diante de valores insatisfatórios, muitos produtores estão procurando frigoríficos que ao menos estejam reduzindo o prazo de pagamento ou pagando a vista, o que é cada vez mais difícil. Luiz Carlos Nunes Castelo, pecuarista mato-grossense, diz que é difícil encontrar justificativa para a queda de preços no período do ano que costuma registrar cotações bem mais altas. "Me parece que há um excesso de confinamento e redução de consumo interno. Isto está fazendo os frigoríficos reduzirem os abates e diminuir os turnos", diz. "Não tem uma definição, mas eles estão pressionando os preços", afirma.
Castelo também reclama da prática dos frigoríficos: segundo ele, as empresas estão pagando à vista como estratégia para derrubar o preço. Na região onde atua, em São José do Xingu, existe desde a Friboi e o Guaporé, que estão pagando à vista, até o Frialto que, segundo Castelo, paga com um prazo de até 30 dias. "O problema de receber à vista é que acaba tendo desconto de 4%, bem maior que o juro de mercado, mas quem quer esperar 30 dias para receber?", diz Castelo, demonstrando que o pecuarista se sente encurralado pelo mercado.
Os preços baixos não são exclusividade de cadeia produtiva. O mercado atacadista também trabalha em baixa já na terceira semana de queda consecutiva. As escalas mais longas dos frigoríficos estão aumentando a oferta de carne no mercado atacadista, forçando os preços.
A Friboi confirma a queda nos preços pagos aos pecuaristas e atribui o fato à redução das margens nas vendas das carnes. "A queda se deu tanto no atacado quanto no varejo e impactou no preço arroba", informou a empresa em nota.
A arroba do boi, em São Paulo, já recuou 6% no mês de outubro e a perspectiva é de que a cotação caia ainda mais. Passado o pior período depois do pedido de recuperação judicial de empresas do setor, os frigoríficos agora ampliam a escala de abate e pressionam os produtores por prazos de pagamento cada vez maiores.
O preço do boi gordo está sendo negociado abaixo de R$ 76 a arroba - o patamar mais baixo do ano. A queda das exportações diminuiu o apetite da indústria, cuja escala de abate está cada vez mais elástica. "De modo geral, o volume de negócios não tem sido expressivo e a comercialização de lotes nos menores preços dos intervalos ou, em certos casos, abaixo deles, levou à queda das médias diárias", avalia Shirley Martins Menezes, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Entre 21 e 28 de outubro, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&F Bovespa acumulou baixa de 1,46%, fechando a R$ 75,18 na quarta-feira. Na parcial do mês de outubro, a queda é de 5,54%. Como o mercado a vista e futuro está registrando mínimas, os pecuaristas já se perguntam onde será o "fundo do poço".
Veículo: DCI

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