Carnes / Peixes
18/05/2009 10:31 - JBS e Bertin apostam suas fichas no mercado interno
Prevendo a recuperação do setor de carne bovina, a JBS Friboi e o Grupo Bertin lançam estratégias para ganhar espaço no mercado interno. Com alta de 4.777% no prejuízo trimestral, motivada por perdas no exterior, a JBS aposta nas vendas domésticas para retomar a expansão no 2º trimestre.
Segundo Joesley Mendonça Batista, presidente da companhia, o cenário no Brasil é favorável porque há a ajuda do câmbio, redução de empresas competidoras e recuperação do rebanho. Além disso, a empresa espera se beneficiar da antecipação que fez quanto ao redirecionamento de carne para o mercado interno.
Após o embargo da União Europeia (UE) à carne brasileira, em janeiro de 2008, a JBS reiventar seu modelo de negócios já que a região responde por uma parte importante da receita da empresa. "Até então os melhores cortes íam para a Europa. De lá para cá, o mercado interno ficou pungente e a gente remodelou o negócio da JBS para o Brasil", disse Batista. Segundo o executivo, o volume de abate no mercado interno tem crescido. Para a companhia, que iniciou o ano utilizando apenas 55% da sua capacidade instalada, a meta é encerrar o trimestre vigente com 80% desse potencial. "No auge da crise chegamos a reduzir os abates para 10 mil por dia. Hoje, já estamos em 15 mil e devemos chegar a 20 mil até o final do próximo trimestre", diz.
Segundo a companhia, as razões para o aumento do prejuízo entre janeiro e março deste ano foram causadas pela JBS Argentina e pelo incremento da despesa financeira do trimestre anterior, composta por juros de dívida e operações no mercado externo, ocorridas no 2º semestre de 2008.
Jeremiah O'Callaghan, diretor de Relações com Investidores da JBS, aponta entre os problemas enfrentados no mercado externo, as devoluções de produtos, o cancelamento de contratos e os atrasos que impactaram nas posições de hedge para a compra de bois relacionados a esses contratos.
O Frigorífico Bertin, segundo maior do País, também quer ampliar ainda mais sua participação no mercado interno. Para consolidar a marca junto ao consumidor final, a empresa investiu R$ 40 milhões em marketing e irá lançar 83 produtos a partir de agosto. Segundo Marcos Scaldelai, diretor de Marketing da Bertin, as novas linhas serão compostas por 70 produtos in natura e mais 13 industrializados. "O grande trabalho da Bertin no mercado interno é chegar a ser conhecida pelo consumidor final. A marca não tem referência no Brasil", disse.
Para aumentar a disputa no mercado nacional, o setor de carnes ganhou mais um player: a nova planta do frigorífico Marba em Taquritinga. A empresa, com sede em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, atua na produção de embutidos. A planta, inaugurada ontem, terá 33 mil metros quadrados construídos, dos quais 12 mil metros já foram concluídos para o início imediato da produção de jekerd beef, muito semelhante à carne seca.
Quatro Marcos
Após bloqueio que durou 12 dias, o frigorífico Quatro Marcos, com sede no Mato Grosso, e os pecuaristas da região, fecharam acordo para o pagamento da dívida da empresa junto aos seus fornecedores. Segundo os termos acertados, a dívida será quitada em 25 parcelas. A primeira, de R$ 400 mil, seria paga de imediato.
A negociação foi articulada por investidores que se propuseram a comprar os créditos dos pecuaristas-credores junto ao frigorífico - as Notas Promissórias Rurais (NPRs). "O ideal seria o pagamento total da dívida, no entanto, o acordo firmado foi razoável", disse Alessandro Casado, presidente do Sindicato Rural do município de São José dos Quatro Marcos. A dívida da empresa com mais de 100 pecuaristas de 12 municípios mato-grossenses é de R$ 8,3 milhões.
Comercialização
A seca tem dificultado a manutenção do gado no pasto no Mato Grosso do Sul - que exerce forte influência sobre o mercado de São Paulo. No entanto, é cada vez maior o número de animais nas mãos de pecuaristas que possuem melhores condições de trato. "Esses pecuaristas, diante das boas expectativas de preço para o segundo semestre, estão propensos a adotar uma estratégia de venda mais compassada", diz Lygia Pimentel, analista da Scot Consultoria, em São Paulo.
Veículo: DCI

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