São Paulo - A Tyson Foods divulgou nesta segunda-feira (6) receita e lucro trimestrais melhores do que o esperado, ajudados pelo aumento das exportações de carne bovina e suína e menores custos com gado. De acordo com relatório de resultados, o volume de vendas aumentou 2,4% no primeiro trimestre fiscal de 2017, encerrado em 31 de dezembro, em relação ao mesmo período de 2016.

A receita consolidada somou US$ 9,182 bilhões, alta 0,3% sobre um ano antes. O resultado foi puxado pelas vendas de carne bovina que cresceram 4,5%, para US$ 3,528 bilhões na mesma base de comparação. No relatório, a companhia explica que as vendas de carnes aumentaram devido à maior disponibilidade de suprimento de gado e maior demanda doméstica e de exportação.

"A receita operacional aumentou devido a condições de mercado mais favoráveis à medida que maximizamos nossa receita em relação ao declínio nos custos com gado vivo, parcialmente compensado por maiores custos operacionais", explica a Tyson, em nota.

No primeiro trimestre fiscal de 2017, a processadora de alimentos teve lucro líquido atribuível ao controlador de US$ 593 milhões, superando o resultado positivo registrado no mesmo período do ano passado (US$ 461 milhões).

O presidente da Tyson Foods, Tom Hayes, destacou o bom início de ano fiscal em 2017, como o melhor da história da companhia. Segundo ele, a processadora caminha para o seu quinto ano consecutivo de resultados recordes. O executivo observou, entretanto, que "o caminho não será linear, mas a [sua] equipe está focada em oferecer crescimento de longo prazo e criar valor para o acionista". A companhia projetou ainda que a produção de proteína (frango, carne bovina, suína e peru) no mercado norte-americano deve crescer entre 2% e 3% em 2017 ante 2016.

Investigação

A empresa também informou ontem ter recebido, no último dia 20, uma intimação do regulador de mercado de capitais dos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês).

Conforme a comunicado da processadora de alimentos, a intimação estaria ligada a uma investigação, que pode ter sido baseada em uma ação coletiva em que Tyson Foods é acusada de conluio com outros no negócio de frangos de corte para reduzir a produção em 2008. A companhia contestou as alegações quando o processo foi arquivado no ano passado.

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Fonte: DCI - São Paulo