O mercado suíno retomou os negócios após o feriado de Carnaval em ritmo bastante enfraquecido, o que acabou pressionando ainda mais as cotações do animal vivo no Brasil. De acordo com levantamento de Safras & Mercado, nas principais praças de comercialização do Brasil, a média de preços no Centro-Sul, na quinta-feira passada, ficou em R$ 3,13, vinte centavos abaixo do valor registrado na última semana, de R$ 3,33.

Para o analista Allan Maia, além da demanda calma, o excedente de oferta registrado no mercado interno também prejudicou as cotações no atacado. Os cortes de pernil tiveram uma retração de 0,51% desde o início do mês, de R$ 7,01 para R$ 6,98. O quilo médio da carcaça sofreu baixa de 2,78%, de R$ 5,39 para R$ 5,24.

Maia ressalta que a expectativa é de novas retrações nos preços para a segunda quinzena de fevereiro. “Como a demanda interna está fraca, o setor está cada vez mais dependente das exportações, que necessitam seguir aquecidas para evitar um quadro de pressão ainda mais acentuado” comenta.

A boa notícia é que os embarques foram positivos nos cinco primeiros dias de fevereiro, segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). As exportações de carne suína in natura do Brasil renderam US$ 20,5 milhões, com média diária de US$ 4,1 milhões. A quantidade total exportada pelo país no mês chegou a 11,5 mil toneladas, com média diária de 2,3 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.782,2.

O desempenho representa uma alta de 15,8% frente à média diária de US$ 3,5 milhões obtida em janeiro, que teve receita total de US$ 70,8 milhões. Em volume, houve valorização de 17,4% frente à média diária de embarques de 2 mil toneladas de janeiro, quando o Brasil exportou 39,1 mil toneladas de carne suína. O preço médio está com baixa de 1,4% em relação aos US$ 1.807,6 por tonelada - o obtido em janeiro.

Na comparação com fevereiro do ano passado, que teve média diária de embarques de US$ 3,2 milhões e receita total de 57,6 milhões, a alta nos embarques deste mês chega a 28%. Em volume o avanço chega a 88,1% ante a média de embarques de fevereiro de 2015, de 1,2 mil toneladas ao dia e de embarques totais de 22 mil toneladas. O preço médio nos cinco dias úteis do mês é 32% inferior ante ao valor obtido em fevereiro do ano passado, de US$ 2.619,6 por tonelada.

Preços - A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 59,00 no dia 11, ante os R$ 61,00 praticados na semana anterior. Nas mesmas comparações, na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 2,93 para R$ 2,89, enquanto no interior a cotação retrocedeu de R$ 3,25 para R$ 3,05.

Em Santa Catarina o preço do quilo passou de R$ 2,89 para R$ 2,80 na integração. No interior, a cotação caiu de R$ 3,10 para R$ 3,00. No Paraná o quilo vivo retrocedeu de R$ 3,60 para R$ 3,30 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo foi reduzido de R$ 3,70 para R$ 3,40.

No Mato Grosso do Sul a cotação permaneceu em R$ 3,05 na integração, enquanto em Campo Grande o preço seguiu em R$ 3,30. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 3,98 para R$ 3,20. No interior de Minas Gerais o quilo baixou de R$ 3,85 para R$ 3,50.

No mercado independente mineiro a cotação cedeu de R$ 3,75 para R$ 3,30. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis retrocedeu de R$ 3,20 para R$ 3,10. Já na integração do estado a cotação recuou de R$ 2,98 para R$ 2,95.

Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG