O mercado de carne suína apresentou queda de preços na maioria das praças de comercialização do Brasil ao longo da semana passada, marcada pelas festividades de Páscoa. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Hedler, houve retração nas cotações tanto para o suíno vivo quanto no atacado, em decorrência da demanda interna enfraquecida.

Com as retrações observadas na semana, a média de preços do quilo vivo na região Centro-Sul ficou em R$ 3,18 no início do mês, ante os R$ 3,30 praticados na semana anterior. "As quedas mais expressivas aconteceram em praças do Paraná (8,8%), interior de Santa Catarina (7,2%) e Goiás (6,7%)", disse.

No atacado, Hedler sinaliza que os preços do pernil cederam 4,9%, com o valor médio na região Centro-Sul ficando em R$ 6,87 no dia 1º, ante os R$ 7,23 registrados na semana anterior. "Tivemos um forte recuo de preços no Paraná, de 7,9%, seguido por Mato Grosso (6,7%) e Mato Grosso do Sul (5,4%)", comenta. O quilo da carcaça apresentou uma desvalorização de 1,6% ao longo da semana, passando de R$ 5,10 para R$ 5,02.

O analista acredita que, nos próximos dias, o recebimento de salários por grande parte da população possa ajudar a interromper a trajetória de queda nos preços da carne suína ao longo da primeira quinzena de abril, muito embora o cenário continue sendo baixista.

Nas exportações, o desempenho de março ainda foi fraco, embora tenha melhorado ante fevereiro. De acordo com dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, os embarques de carne suína "in natura" do Brasil renderam US$ 75,7 milhões nos 22 dias úteis de março, com média diária de US$ 3,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país no mês chegou a 30,6 mil toneladas, com média diária de 1,4 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.471,3.

Desempenho - desempenho representa uma alta de 7,5% frente à média diária de US$ 3,2 milhões obtida em fevereiro, que teve receita total de US$ 57,6 milhões. Em volume, houve valorização de 14% frente à média diária de embarques de 1,2 mil toneladas de fevereiro, quando o Brasil exportou 22 mil toneladas de carne suína. O preço médio está 5,7% abaixo do obtido em fevereiro, de US$ 2.619,6 por tonelada.

Na comparação com março do ano passado, que teve média diária de embarques de US$ 4,9 milhões e receita total de 92,9 milhões, a baixa nos embarques deste mês chega a 29,6%. Em volume, o recuo chega a 18,1%, ante a média de embarques de março de 2014, de 1,7 mil toneladas ao dia e de embarques totais de 32,3 mil toneladas.

A análise de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo recuou de R$ 68,00 para R$ 65,00 ao longo da semana. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 3,05, enquanto no interior a cotação caiu de R$ 3,37 para R$ 3,22. Em Santa Catarina o preço do quilo permaneceu a R$ 3,03 na integração. No interior, a cotação recuou de R$ 3,45 para R$ 3,20. No mercado livre do Paraná a cotação seguiu em R$ 3,29 o quilo, enquanto na integração o preço permaneceu em R$ 3,31.

No Mato Grosso do Sul a cotação caiu de R$ 3,30 para R$ 3,10 na integração. Em Campo Grande a cotação teve retração de R$ 3,60 para R$ 3,40. Em Goiânia, o preço recuou de R$ 3,75 para R$ 3,50. No interior de Minas Gerais a cotação continuou em R$ 3,50. No mercado independente mineiro a cotação permaneceu em R$ 3,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 3,00 para R$ 2,87. Já na integração do estado a cotação recuou de R$ 2,60 para R$ 2,50.




Veículo: Diário do Comércio - MG