Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Carnes / Peixes

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Carnes / Peixes

19/02/2015 10:18 - Pescado fica até 26% mais caro no Estado

A pouco mais de 40 dias para a Sexta-Feira Santa, o preço do pescado continua subindo nos mercados municipais de Belém. Ontem, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-Pará) divulgou uma pesquisa, referente a janeiro passado, que aponta alta de diversas espécies de peixe, com reajuste de até 26,30%, no caso de xaréu. O percentual está muito acima da inflação, hoje em torno de 6,5%. No mesmo mês, poucos tipos de pescado apresentaram recuo nos preços, com destaque para uritinga, que teve queda de 11,11%. O levantamento foi feito em parceira com a Secretaria Municipal de Economia (Secon).

Em janeiro deste ano, depois de xaréu, a corvina foi a espécie de peixe que registrou maior aumento de preço (16,97%), seguida de piramutaba (16,18%). Os tipos de pescado peixe pedra, pescada gó e do tamuatã sofreram alta na faixa de 14%. Outras espécies que tiveram reajuste acima da inflação foram apajari (11,83%), tainha (11,67%), gurijuba (11,51%), peixe serra (11,18%) e mapará (9,09%). Peixes tradicionais à mesa do belenense como dourada, filhote, pescada branca e tambaqui também são destaques na relação dos maiores aumentos, com percentuais de 8,95%, 8,74%, 8,66% e 7,32%, respectivamente.

No mesmo período, a sarda e o cação tiveram aumento na margem da inflação. Na lista de espécies que registraram altas abaixo de 6%, o Dieese-Pará informa que são pratiqueira (5,97%), pacu (5,52%), pescada amarela (4,65%), tucunaré (4,37%), bagre (4,05%), camurim (3,96%), traíra (3,21%) e aracu (1,11%). Quanto às espécies que apresentaram queda de preços, o órgão ressalta uritinga, com baixa de 11,11%, sardinha (2,54%) e pirapema (1,18%).

A pesquisa do Dieese aponta que a situação atual é parecida com a dos últimos 12 meses (janeiro de 2014 a janeiro deste ano), período em que a quase a totalidade das espécies apresentou aumentos, sendo uma quantidade expressiva em percentuais acima da inflação. Nesse intervalo analisado, o cação subiu quase metade do preço. As espécies que ganham destaque na sequência são sardinha (28,90%), peixe serra (19,46%), gurijuba (17,30%), pratiqueira (15,58%), mapará (13,29%), xaréu (11,69%) e pescada gó (11,46%).

Abaixo de 10% de aumento nos últimos 12 meses, estão os pescados pacu (9,38%), corvina (8,78%), tainha (8,46%), tamuatá (8,26%), tambaqui (8%) e peixe pedra (7,17%). Também no mesmo período, poucas espécies de pescado apresentaram recuos de preços, como camurim, que teve queda de 15,25%; seguido de curimatã (14,39%), tucunaré (12,25%) e piramutaba (9,69%).

Na avaliação do Dieese-Pará, a tendência é de que novos aumentos sejam repassados ao consumidor nos próximos dias em todo o Estado. A instituição explica que as justificativas para essas elevações “rotineiras e abusivas” são diversas e, em relação ao reajuste do último ano, até mesmo esperadas, em virtude de “problemas conjunturais” que envolvem a comercialização do pescado em todo o Estado. Neste contexto, o órgão acredita que o Pará “ainda carece de uma política mais ampla que consiga abranger de forma macro toda a cadeia do pescado, da produção até a comercialização do produto”, apesar de alguns avanços no setor.

CONSUMIDORES


A dona de casa Andreia Cristina da Silva foi ao Mercado Municipal da Pedreira, ontem de manhã, para comprar gó e piramutaba para o almoço. Embora tenha pagado um preço maior que o de costume, saiu com a sacola mais vazia do local. “Os preços estão altíssimos. Acho que tem aumentado demais faz tempo. Tenho comprado até menos. A gente gosta de peixe, mas nem toda semana dá para levar para casa”, lamentou. Ela informa que o gó comprado ontem foi quase 50% mais caro que o de costume. A dona de casa também observa que a piramutaba, antes vista por R$ 9, está saindo a R$ 13.

No mesmo local, o vendedor autônomo Rubens Rosa geralmente compra dourada, porém precisou abrir mão da frequência do hábito por conta do preço do pescado. “Subiu bastante. Antes, pagava na dourada R$ 12. Agora, não encontro por menos de R$ 18. É uma diferença bastante elevada”, comparou. “Consumia toda semana, mas não dá mais com esses preços. Infelizmente, a tendência é aumentar para a Semana Santa”, completou.

A tendência observada pelo consumidor é confirmada pelo peixeiro Alberto Nascimento, que trabalha há mais de 30 anos no Mercado Municipal da Pedreira. Ele comenta que precisou subir preços de algumas espécies de peixe em até 100% para não ter prejuízos.  “Esse aumento sempre acontece no início de ano, mas depois abaixa. É que o peixe também chega mais caro para a gente, porque os pescadores não viajam em dezembro. Para a Semana Santa, talvez aumente mais um pouco”, adiantou. No seu ponto de venda, as espécies mais procuradas são dourada e gó, comercializados na faixa entre R$ 12 e R$ 15.

De acordo com o Dieese, entre o pescador e o consumidor, o custo da maioria do pescado vendido no Estado é mais que o dobro do preço, o que afeta uma “grande parcela” da população, especialmente os trabalhadores assalariados que representam cerca de 40%. Em contraste à essa situação, o Pará está entre os maiores produtores de pescado do país.



Veículo: O Liberal - PA

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

18/08/2023 11:21 - Consumo de pescado cresce 65% no Brasil desde 2004
02/06/2023 10:38 - Os maiores fornecedores de pescados reunidos em um único local
11/05/2023 16:57 - Amplie a variedade de peixaria no seu supermercado
10/03/2023 10:57 - O autêntico Noruega – sabor premium único e alto rendimento
12/12/2022 11:31 - Produção de proteína animal cresce no 3º trimestre
23/11/2022 11:33 - Bacalhau da Noruega, a melhor receita para o fim de ano
17/10/2022 11:15 - Consumo aquecido de tilápia agrega valor aos mercados nacional e internacional
03/10/2022 17:00 - Um oceano de produtos para o seu supermercado
12/09/2022 11:39 - América Latina tem feira de negócios focada no setor do pescado
09/09/2022 12:00 - Bacalhau da Noruega, uma opção saudável para uma alimentação equilibrada
01/09/2022 12:20 - Semana do Pescado incentiva temporada de consumo no segundo semestre
22/08/2022 16:28 - Confirmada para setembro a 19ª Semana do Pescado
10/08/2022 11:46 - Bacalhau da Noruega – saúde e sabor em um alimento 100% natural
27/06/2022 10:15 - Por que você deve aumentar os estoques de carne de porco na sua loja?
20/06/2022 11:29 - Vem aí o plant-based em pó

Veja mais >>>