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22/12/2014 12:29 - Abate de bovino tem alta em Minas

Mercados interno e externo aquecidos puxaram as cotações do produto, o que atraiu pecuaristas

 

 

 

Michelle Valverde

 

A demanda em alta no mercado interno e externo e os preços valorizados fizeram com que o abate de bovinos em Minas Gerais, ao longo do terceiro trimestre de 2014, ficasse 3,6% maior que o volume registrado em igual período do ano passado. De acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além da alta nos abates de bovinos, também foi verificado incremento nos abates de suínos, 1,8%, e aumento na produção de leite industrializado, 2,7%. O abate de frangos encerrou o período com retração de 7,2%.

 

Segundo dados do IBGE, entre julho e setembro foram abatidas 821,5 mil cabeças de bovinos em Minas, alta de 3,6%, frente às 792,8 mil cabeças abatidas em igual intervalo de 2013. O peso das carcaças aumentou 2,7%, atingindo 191,9 mil toneladas. Em igual período do ano anterior, o peso estava em 186,9 mil toneladas.

 

Mesmo com o aumento do abate de bovinos, a oferta ainda está menor que a demanda, o que vem sustentando os preços da arroba em patamares rentáveis. Segundo o IBGE, a sustentação se deve, também, à oferta restrita de animais para reposição e animais terminados, decorrente, dentre outros fatores, da seca prolongada iniciada no final de 2013.

 

No caso dos suínos, ao longo do terceiro trimestre foram abatidas no Estado 1,25 milhão de cabeças, volume que ficou 1,8% superior às 1,23 milhão de cabeças abatidas em igual intervalo de 2013. Entre julho e setembro de 2014, o peso das carcaças retraiu 1,5%, alcançando 105 mil toneladas, frente às 106 mil toneladas registradas em igual intervalo de 2013. Apesar do aumento do abate, as demandas interna e externa mantiveram-se aquecidas, o que foi fundamental para sustentar os valores pagos pelos suínos.

 

A comercialização com o mercado internacional se mantém aquecida, uma vez que a oferta mundial de carne suína permanece em baixa, devido a problemas sanitários em alguns países exportadores. Com a oferta limitada, os preços estão em alta. Em Minas Gerais, ao longo do terceiro trimestre de 2014, o preço médio do suíno vivo saiu de R$ 3,72, em julho, para R$ 4,5 em setembro, alta de 20,96%.

 

 

Frango - Já no caso do frango, ao contrário dos bovinos e suínos, o abate em Minas retraiu 7,2% ao longo do terceiro trimestre, frente igual intervalo de 2013, totalizando 99,3 milhões de aves abatidas, frente aos 107 milhões de frangos registrados em igual período do ano anterior. O peso das carcaças ficou praticamente estável, com pequena variação negativa de 0,3% e alcançando 211 mil toneladas.

 

A variação de preços ao longo do primeiro semestre pode ser uma das justificativas para a retração nos abates. Enquanto o quilo do frango vivo era negociado a R$ 2,60 no início de janeiro, o mesmo volume encerrou junho cotado a R$ 2,25, ficando muito próximo aos custos de produção. Ao longo do terceiro trimestre, com a redução dos abates, os preços valorizaram subindo de R$ 2,25 por quilo, em 1º de julho, para R$ 2,85 em 30 de setembro, elevação de 26,6%.

 

 

Leite - A industrialização de leite em Minas Gerais foi ampliada durante o terceiro trimestre do ano. Ao todo foram adquiridos, pelas indústrias processadoras de leite, 1,58 bilhão de litros de leite cru, aumento de 2,7% sobre o volume de 1,54 bilhão de litros registrados em igual intervalo do ano anterior.

 

A captação de leite aumentou, no período, 1,8% somando 1,58 bilhão de litros. Minas é a maior bacia leiteira do país, respondendo por 25,22% da produção nacional ao longo do 3º trimestre de 2014.

 

 

Ovos - A produção estadual de ovos aumentou ao longo do terceiro trimestre de 2014. Segundo os dados do IBGE foi registrada elevação de 2,7% na produção, que atingiu no período 74,9 milhões de dúzias.

 

O efetivo de galinhas ficou 4,6% superior, com 14,2 milhões de cabeças. Minas Gerais responde por 10,4% da produção nacional de ovos, perdendo apenas para São Paulo que é responsável por 30,3% do volume gerado no Brasil.

 

 

Veículo: Diário do Comércio  - MG

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