A primeira quinzena de agosto marcou "um interessante ponto de consumo, uma vez que além do recebimento da massa salarial, há também as comemorações relacionadas ao Dia dos Pais". A avaliação é de Safras & Mercado. Segundo a consultoria, o desempenho dos frigoríficos foi excelente durante a primeira quinzena do mês. A carne reagiu conforme o esperado, uma vez que os frigoríficos se aproveitaram do momento de fraca reposição para enxugar seus estoques. "A maneira utilizada para alcançar esse resultado foi a redução sistemática do preço de balcão, com o intuito claro de reduzir o volume de compras", diz Safras.

Com as compras limitadas, os frigoríficos se deparam com estoques enxutos neste início do mês, e já ocorreram reajustes dos preços no atacado nos últimos dias. Com a maior demanda, houve aumento dos preços do atacado, conforme o esperado.

Conforme a consultoria, os frigoríficos alteraram o perfil na compra de gado, e atuaram de maneira mais agressiva, reajustando os preços de balcão em diversas praças.

Já para esta segunda quinzena de agosto, a perspectiva é que seja observada alguma acomodação dos preços, uma vez que ainda haverá bom nível de oferta de confinados no mercado interno, sem o apelo ao consumo presente na primeira quinzena do mês.

O boletim semanal divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria do Frio, o que ocorreu foi a restrição de oferta de bovinos gordos por retenção do pecuarista. Por outro lado, a demanda por parte das indústrias com a aprovação de diversas plantas para exportação, a tendência é de aumento da procura de bovinos terminados.

Por esse motivo, aponta Safras, o preço da arroba já está apresentando forte elevação e deverá manter essa curva até que a oferta de animais se regularize. A escala média, apesar da restrição na oferta, encontra-se estável, de três a cinco dias úteis.

Cotação - A média semanal de preços (de 11 a 14 de agosto) em São Paulo foi de R$ 122,86. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 119,61. Em Minas Gerais, a arroba foi cotada em R$ 111. Em Goiás, em R$ 116. Em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 113,17. A média semanal de preços do quilo foi de R$ 6,83 nos cortes de dianteiro e de R$ 9,43 nos cortes do traseiro.

Ainda de acordo com a consultoria, atacado está enxuto, porém, com oferta regular à procura. "Nesses dias, registra elevação mantendo, com isso, os preços firmes e com expectativa de elevação em razão da pressão altista. Diante dessa fase de reação, os negócios deverão manter boa procura, e, como resultado, preços com tendência à elevação, resultado da oferta restrita.

Veículo: Diário do Comércio - MG