O serviço veterinário russo liberou, na quinta-feira passada, cinco plantas brasileiras a exportar carne à Rússia. Para a carne bovina estão autorizadas as empresas Mataboi, Minas Gerais; Frigoestrela, São Paulo; Marfrig, Goiás; e Agra, Mato Grosso. Para a carne suína, o serviço liberou, na sexta-feira, a empresa Cotrijiá, no Rio Grande do Sul.

"Essa abertura é o reconhecimento, cada vez maior, desse importante mercado para a qualidade e a segurança dos produtos brasileiros, sustentados pelo eficiente sistema de vigilância dos fiscais do Ministério da Agricultura", disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.

No ano passado, o Brasil exportou para a Rússia US$ 1,20 bilhões e 303 mil toneladas de carne bovina. De carne suína, foram exportados US$ 412 milhões e 134 mil toneladas. O total de produtos agrícolas exportados foi US$ 2,72 bilhões.

 Mercado - Os frigoríficos, de uma maneira geral, reduziram de maneira sistemática os preços de balcão na semana passada. Conforme o esperado, as escalas de abate começaram a sofrer encurtamento em meio à maior dificuldade na composição das escalas de abate.

A oferta de bovino gordo está restrita por retenção do pecuarista. Por outro lado, a demanda por parte das indústrias está lenta. Por esses motivos, o preço da arroba de semana para outra apresenta discreta oscilações, dependendo da necessidade do frigorífico para cumprir os compromissos, sejam eles de exportação ou para o mercado interno. A escala média mantém estabilidade de três a cinco dias úteis.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, apesar das escalas mais curtas, não há sinal de reajuste dos preços de balcão até o momento. Os frigoríficos aproveitam esse momento para normalizar seus estoques, aguardando o interessante ponto de consumo que deve marcar a primeira quinzena de agosto, que além do recebimento da massa salarial conta com as comemorações relacionadas ao Dia dos Pais como propulsor da demanda.

"A expectativa é que com os estoques mais curtos, haja mais espaço para alta tanto no atacado quanto para a arroba do boi gordo no mercado físico", prevê. No Mato Grosso do Sul uma situação peculiar chama a atenção. Algumas unidades frigoríficas optaram por ofertar férias coletivas. Essa estratégia também visa à redução dos estoques, entretanto de uma maneira mais agressiva.

A média mensal de julho nos preços em São Paulo foi de R$ 120,95. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em a R$ 118,14. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 112,89.á Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 114,57. Em Mato Grosso, o preço ficou a R$ 112,49 a arroba.

Com retração que está ocorrendo há algum tempo no varejo, o atacado vem operando com lentidão e preços oscilantes. Segundo análise de Iglesias, o clima, requer cautela nas negociações, mas traz a expectativa de melhora das vendas no final de semana, com volume de vendas maior.

Safras avalia que a oferta restrita de carne em nível de atacado poderá determinar elevação de preços. Neste cenário, não houve alteração no que se refere à lentidão, mas se ocorrer melhora das vendas poderá haver reação de preços. No atacado, a média mensal foi de R$ 6,08 nos cortes de dianteiro e de R$ 9,09 nos cortes de traseiro. (DA REDAÇÃO)



Veículo: Diário do Comércio - MG