Carnes / Peixes
30/07/2014 08:52 - Cotação da carne suína em alta
Vírus em países exportadores deve levar preço internacional do produto para níveis recordes
As cotações globais da carne suína devem continuar em alta, provavelmente em níveis recordes no terceiro trimestre, segundo avaliação do Rabobank. Esse cenário é ainda mais certo em países exportadores, como Estados Unidos, México e Coreia do Sul, prejudicados pelo vírus da diarreia epidêmica suína (conhecida pela sigla em inglês PED), que é uma doença altamente contagiosa que atinge somente os animais.
Conforme o analista do banco, Albert Vernooij, nesses países (exportadores) a redução da oferta, bem como o declínio dos custos com alimentação dos animais, em virtude da queda dos preços dos grãos, deve empurrar a rentabilidade do suinocultor para território recorde. Em compensação, as margens dos processadores serão pressionadas pela forte concorrência pela carne suína.
O Rabobank informa que o preço da carne suína no México subiu cerca de 25% nos últimos 12 meses e tem potencial para avançar mais 5%. Outro país em dificuldades é o Japão. O banco cita que a importação japonesa do produto é relativamente cara em comparação com outros países por causa do baixo valor do iene, entre outros fatores. "Com a oferta de carne também sob pressão, os processadores japoneses têm o desafio de encontrar fontes de suprimento do produto", diz o banco.
A União Europeia (UE), única região com carne suína disponível a preços razoáveis, deve apresentar bom desempenho na exportação para Ásia e Estados Unidos, avalia o banco. No entanto, isso não deve ser suficiente para compensar as vendas mais fracas para países da Europa Central e do Leste. "Se o comércio de carne suína entre UE e Rússia for parcial ou totalmente reaberto, os preços do produto no bloco terão um impulso positivo", diz Vernooij.
Brasil - No Brasil, a perspectiva para as cotações da carne suína é positiva, informa o Rabobank, refletindo consumo doméstico robusto (puxado pela Copa do Mundo e período de inverno) e pelo alto preço de carnes concorrentes. O banco estima que os números para a produção e exportação do país em 2014 vão ser semelhantes aos de 2013, sugerindo recuperação após o fraco desempenho no primeiro semestre.
Conforme o Rabobank, a principal vantagem competitiva do Brasil é que o país se mantém livre de problemas sanitários.
Para a China, também são positivas as expectativas, com previsão de alta dos preços, o que seria importante para uma recuperação do fraco primeiro semestre. O preço da carne suína deve continuar baixo na maior parte do terceiro trimestre, mas provavelmente deve ocorrer forte recuperação a partir do fim de período, puxado pela elevação da demanda sazonal e menor oferta provocada pelo abate de matrizes nos últimos meses, informa o Rabobank. (AE)
Veículo: Diário do Grande ABC
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