O mercado do boi gordo experimentou interessante alta dos preços durante o mês de setembro. Há dois fatores principais que justificam esse movimento de alta. Em primeiro lugar a oferta de confinados aquém das necessidades dos frigoríficos, que acabou resultando em escalas de abate mais curtas e, por conseqüência, em preços mais altos no mercado físico.

O outro fator passa pelo ótimo desempenho das exportações de carne bovina ao longo do ano. Com isso, a disponibilidade interna do produto é menor, abrindo espaço para nova alta dos preços da carne bovina no mercado interno, afetando diretamente os preços do boi gordo.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, para a primeira quinzena de outubro a tendência é por nova alta dos preços, levando em conta que a oferta de boi gordo segue restrita e, durante o período em questão, ocorre o recebimento da massa salarial, estimulando a demanda.

As exportações de carne bovina do Brasil renderam US$ 362,1 milhões em setembro (15 dias úteis), com média diária de embarques de US$ 24,1 milhões. A média é 12,4% maior na comparação com os US$ 21,5 milhões obtidos diariamente em agosto, quando os embarques de carne bovina totalizaram US$ 472,7 milhões. Em setembro de 2012, as exportações totalizaram US$ 421,1 milhões, com embarques diários de US$ 22,2 milhões.

A quantidade de carne bovina exportada em setembro foi de 81,2 mil toneladas, com média diária de 5,4 mil toneladas, o que indica um avanço de 8,9% frente à média de 5 mil toneladas registradas em agosto. O embarque total de carne bovina em setembro/12 foi de 90,9 mil toneladas.

A média mensal de preços em setembro foi de R$ 106,83 em São Paulo. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 102,05. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 101,33. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 99,55. Em Mato Grosso, preço esteve em R$ 93,88. A média mensal no atacado foi de R$ 5,41 nos cortes de dianteiro e de R$ 8,41 nos cortes de traseiro.



Veículo: Diário do Comércio - MG