O mercado brasileiro de carne suína esteve praticamente paralisado na semana passada, o que trouxe estabilidade aos negócios. De acordo com a analista de Safras & Mercado Andreia Mariani, o setor aguarda uma melhora na demanda, tanto interna quanto externa.

A chegada do frio segue como fator positivo ao aumento da demanda. "No entanto, a baixa dos preços da carne bovina pode seguir como um entrave, já que esses são produtos substitutos. De qualquer forma, o setor tende a apresentar recuperação nos próximos meses, tanto pelo aumento sazonal do consumo quanto pelos fatores como menor impacto dos custos de produção, retomada das compras por parte da Ucrânia, abertura do mercado japonês à carne suína de Santa Catarina, novo perfil cambial, entre outros", avalia.

Além disso, o mercado começa a dar sinais de oferta mais ajustada ao perfil da demanda, o que certamente contribuirá para a sustentação dos preços no curto prazo.

No que tange aos embarques, Mariani sinaliza que, até a terceira semana deste mês, foram exportadas 25,8 mil toneladas de carne suína "in natura", mantendo a média diária de embarques na faixa de 1,7/1,8 mil toneladas. A receita parcial é de US$ 67,5 milhões.

Em julho de 2012, por exemplo, as vendas de carne suína in natura ao mercado externo alcançaram 37,6 mil toneladas, atingindo um volume final de 43,4 mil toneladas, somadas aos embarques de carne industrializada.

"Analisando as vendas até agora, a perspectiva é de que o volume do mesmo período do ano passado possa ser alcançado, ficando entre 43 e 44 mil toneladas", pontua.

Conforme Mariani, até o termino do mês os preços não devem apresentar significativas alterações. "Com a chegada de agosto, contudo, a partir do recebimento da massa salarial, é possível que os preços passem por um reajuste", observa.


Preços - A análise de preços de Safras & Mercado indicou que a arroba suína foi cotada em São Paulo, na quinta-feira passada, a R$ 52,00, ante R$ 51,50 na semana anterior. No Rio Grande do Sul, o preço passou de R$ 2,30 para R$ 2,40 na integração e de R$ 2,40 para R$ 2,60 no interior.

Em Santa Catarina o quilo vivo se manteve em R$ 2,30 na integração e passou de R$ 2,45 para R$ 2,50 no interior. No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 2,49 no mercado independente, mesmo valor da semana passada. Na região Oeste o quilo continuou em R$ 2,55.

Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 2,30 na integração. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 2,90. No interior de Minas Gerais o quilo seguiu em R$ 3,00 ao longo da semana passada. Em Mato Grosso o quilo vivo subiu de R$ 2,15 para R$ 2,20 na integração. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve avanço de 1,30% ao longo da semana, passando de R$ 2,51 para R$ 2,54.



Veículo: Diário do Comércio - MG