Carnes / Peixes
23/07/2013 10:19 - Boi gordo: Mercado está em alta
Oferta doméstica começa a ficar escassa.
O mercado físico brasileiro do boi gordo apresentou nova alta dos preços durante a semana passada. Esse quadro ainda é reflexo direto da escassez de oferta doméstica, que resultou em escalas de abate encurtadas, fazendo com que os frigoríficos se vissem obrigados a subir o preço de compra.
No entanto, no decorrer desta semana, já há indicações de melhor oferta de boi gordo no mercado interno. Isso fez com que os frigoríficos apresentassem algum avanço de suas escalas de abate. Resta saber se esse volume de oferta já configura uma nova tendência no mercado interno, segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
As pastagens já começam apresentar sinais de sofrimento devido às condições climáticas desfavoráveis. Esse fato reflete diretamente na oferta de bovinos prontos para abate cuja oferta já apresenta sintomas de redução e com isso as escalas de abate também passam pelo mesmo processo.
Os frigoríficos de maior porte contam com contratos a termo além de confinamentos próprios para atender a própria demanda. Contudo, os frigoríficos de menor porte não dispõem das mesmas condições para negociar, e se veem obrigados a subir cada vez mais os preços de compra para conseguir algum avanço de suas escalas de abate.
A média semanal de preços (de 15 a 18/7) em São Paulo foi de R$ 104,32. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 99,77. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 100,00. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 96,83. Em Mato Grosso, preços em R$ 90,08.
Do atacado ao balcão, o mercado opera com volumes reduzidos em razão da redução de abates. O mercado está refletindo o período de de férias em que o consumo é bem reduzido, ocasionando a mencionada retração do atacado. As ofertas, porém, estão regulares, os preços estão estáveis, embora demonstre alguma indefinição. Há expectativa de bom volume de vendas no final de semana.
No atacado, a média semanal ficou em R$ 5,06 nos cortes de dianteiro e de R$ 8,17 nos cortes de traseiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG
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