Carnes / Peixes
13/05/2013 09:50 - Incentivo à criação de peixes
Universidade Federal de Lavras desenvolve trabalho com pescadores para melhorar qualificação
Dono de um litoral extenso e de 12% da água doce do mundo, o Brasil deixa a desejar quando o assunto é o consumo de peixes. Enquanto a média mundial é de mais de 17 quilos por habitante ao ano, os brasileiros comem 11 quilos de pescado anualmente, abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que são 12 quilos por habitante/ano. Se nas casas brasileiras come-se pouco dessa carne tão importante para a saúde, nas escolas públicas a quantidade chega a ser preocupante: cada aluno consome em média apenas 497 gramas de pescado por ano, segundo revelou pesquisa feita pelo Ministério de Pesca e Aquicultura ano passado.
Com a proposta de mudar esse cenário, professores e estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Lavras (Ufla) desenvolveram um projeto que incentiva não só o consumo de peixe nas escolas públicas, mas também a piscicultura. O primeiro passo da pesquisa é ir a campo para qualificar os pescadores. Os primeiros testes serão feitos na Comunidade do Funil, criada em função da construção, instalação e impacto da Usina Hidrelétrica do Funil, no Rio Grande, entre os municípios de Lavras e Perdões, no Sul de Minas Gerais. Quando ela foi instalada, em 2003, os pescadores sofreram com a queda no volume de pesca.
Eles agora vão criar peixes em tanques-redes na Represa do Funil e vão aprender a fazer produtos com resíduos de tilápia. A coordenadora do projeto, professora Maria Emília de Sousa Gomes Pimenta, do Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA/UFLA), justificou que inicialmente usarão a tilápia por ser um peixe com boa aceitação, fácil de consumir, com poucas espinhas, além de ser permitida sua criação em reservatório. A ideia é que seja aproveitada toda a carne do peixe: eles vão retirar o filé – que corresponde no máximo a 35% da tilápia e – para vender e o resto da carne será transformado em polpa, que será usada para fazer produtos que serão ofertados na merenda escolar.
Para separar a carne da espinha, de pequenos ossos e da cartilagem é usada uma máquina que se chama despolpadeira. Inicialmente serão produzidos cinco tipos de alimentos, entre eles hambúrguer de peixe, empanado e o macarrão. “Nosso objetivo é tentar colocar esses produtos para serem adquiridos pelas escolas públicas”, conta Maria Emília.
Veículo: Estado de Minas
Veja mais >>>
18/08/2023 11:21 - Consumo de pescado cresce 65% no Brasil desde 200402/06/2023 10:38 - Os maiores fornecedores de pescados reunidos em um único local
11/05/2023 16:57 - Amplie a variedade de peixaria no seu supermercado
10/03/2023 10:57 - O autêntico Noruega – sabor premium único e alto rendimento
12/12/2022 11:31 - Produção de proteína animal cresce no 3º trimestre
23/11/2022 11:33 - Bacalhau da Noruega, a melhor receita para o fim de ano
17/10/2022 11:15 - Consumo aquecido de tilápia agrega valor aos mercados nacional e internacional
03/10/2022 17:00 - Um oceano de produtos para o seu supermercado
12/09/2022 11:39 - América Latina tem feira de negócios focada no setor do pescado
09/09/2022 12:00 - Bacalhau da Noruega, uma opção saudável para uma alimentação equilibrada
01/09/2022 12:20 - Semana do Pescado incentiva temporada de consumo no segundo semestre
22/08/2022 16:28 - Confirmada para setembro a 19ª Semana do Pescado
10/08/2022 11:46 - Bacalhau da Noruega – saúde e sabor em um alimento 100% natural
27/06/2022 10:15 - Por que você deve aumentar os estoques de carne de porco na sua loja?
20/06/2022 11:29 - Vem aí o plant-based em pó