O mercado brasileiro de frango iniciou dezembro com um cenário muito promissor, segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias. "Tivemos preços elevados, que estabeleceram novos recordes históricos em São Paulo e Minas Gerais para o produto vivo. E tudo indica que este cenário será mantido no curto prazo", comenta.

Iglesias afirma que a demanda está bastante favorável neste momento e a oferta bem ajustada, o que tem favorecido uma alta no preço em meio aos custos de produção ainda elevados, o que tende a ser mantido pelo menos até março de 2013, quando a safra nova de grãos efetivamente entrará no mercado.

Mesmo com o bom momento, o analista alerta que o setor tem de se preparar para um recuo nos preços pagos durante o primeiro bimestre, período em que tradicionalmente a demanda interna perde força. "O frango não seguirá nesse bom patamar a partir do começo de ano", alerta.

Em termos de exportação, o indicativo de Safras & Mercado é de embarques entre 310 e 320 mil toneladas para o mês de dezembro, tendo em vista o ritmo ruim de embarques verificado neste segundo semestre. "Não acredito em grandes crescimentos nos embarques neste último mês do ano", projeta.

A análise de Safras & Mercado indicou alta de dez centavos no preço do quilo vivo em São Paulo, atingindo R$ 2,90. Em Minas Gerais o quilo subiu 10 centavos e foi cotado a R$ 3,00.

O preço do frango vivo na integração catarinense passou de R$ 2,55 para R$ 2,70 e de R$ 2,65 para R$ 2,75 na integração do Rio Grande do Sul. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 2,68 na integração (oeste do Estado), com alta de oito centavos ante a semana passada.

No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 2,85, avanço de cinco centavos na semana. Em Goiás o quilo vivo passou de R$ 2,80 para R$ 2,85. Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo foi cotado a R$ 2,80, contra os R$ 2,75 praticados na última semana. Em Pernambuco o quilo vivo passou de R$ 3,00 para R$ 3,20. No Ceará a cotação do quilo vivo seguiu em R$ 3,20, enquanto no Pará o quilo vivo pulou de R$ 3,30 para R$ 3,40.



Veículo: Diário do Comércio - MG