Carnes / Peixes
25/07/2012 10:44 - Mercado registra ligeira melhora
O mercado brasileiro de carne suína registrou reajustes de preços em algumas praças de comercialização ao longo da semana passada. A melhora no preço pode ser atribuída ao menor volume de suínos prontos para o abate verificado nos últimos dias, conforme a analista de Safras & Mercado, Andreia Mariani. "A alta na demanda pode ter sido impulsionada também pela chegada do frio, que favorece um consumo mais efetivo", comenta.
Ela afirma, entretanto, que apesar desse ligeiro ajuste, o cenário ainda é delicado para os suinocultores, que vêm sendo fortemente impactados pelos altos custos de produção em relação à alimentação animal. "Os preços do farelo de soja têm apresentado aumento constante e, para o milho, houve uma inversão de tendência de baixa, deixando o cenário ainda mais desfavorável", avalia.
Em relação aos preços das carnes concorrentes, Andreia informa que a desvalorização da carne bovina permanece, o que é um ponto também desfavorável à suinocultura, uma vez que os consumidores tendem a migrar para os produtos substitutos. "Tal cenário deve fazer com que o mercado de carne suína não sinta um aumento muito forte na demanda até a virada desde mês", projeta.
A semana passada foi de notícias mais otimistas também em âmbito político. Medida anunciada na última quinta-feira pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, garantiu a concessão de subvenção à comercialização de suínos vivos, por meio da realização de leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), no valor de R$ 0,40/kg. A medida visa garantir o escoamento da carne das regiões produtoras e cobrir os custos do setor.
A quantidade a ser apoiada é de 76 mil toneladas de suínos vivos, o equivalente a 50 mil de carcaça, num investimento do governo de R$ 30,4 milhões. "Com mais essa ação, construída depois de negociações com o setor produtivo, entendemos que o governo fez a sua parte na totalidade e dentro do que foi possível realizar. A expectativa é de que a situação seja amenizada e os produtores possam cobrir os custos de produção, uma vez que estamos garantindo renda para os criadores nesse momento de dificuldades", disse Mendes Ribeiro Filho.
Possibilidade - No médio longo prazo, a analista de Safras & Mercado indica uma possibilidade de melhora para a carne suína, pelo fato de a demanda ser mais favorável no último trimestre do ano frente à oferta. No caso da carne bovina, como os custos de produção elevados também atingem o setor de confinamento, é possível que esse quadro de baixos preços possa se reverter, favorecendo a demanda por carne suína.
Andreia acredita que as exportações de carne suína possam avançar no segundo semestre, após o resultado frustrante de junho. "Temos alguns fatores mais positivos, como o câmbio, além da expectativa de que o Brasil está próximo de resolver as barreiras comerciais existentes com a Rússia, a partir da chegada de missão deste mercado a nosso país, na semana que vem". "também há perspectivas de uma solução para as dificuldades de embarques de carne suína à Argentina", acrescenta.
A análise de preços de Safras e Mercado indicou que, em São Paulo, a arroba suína foi cotada a R$ 43, ante R$ 37 da semana passada. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo foi negociado a R$ 1,90 na integração, mesmo valor ante a semana passada. No interior, a cotação passou de R$ 1,85 para R$ 1,90. Em Santa Catarina o quilo vivo foi vendido a R$ 1,90 na integração, estável ante a semana passada. No interior, porém, o preço subiu de R$ 1,81 para R$ 1,91. No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 1,95 no oeste do Estado, ante R$ 1,80 na semana passada. Já na integração, o quilo foi mantido em R$ 1,90.
Em Mato Grosso do Sul, o quilo vivo seguiu em R$ 2,10 na integração. Em Goiás, o quilo subiu de R$ 2 para R 2,40. Em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu sendo vendido em R$ 2,40 no interior. Em Mato Grosso, o quilo vivo continuou em R$ 1,65 na integração. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve avanço de 4,3%, passando de R$ 1,90 para R$ 1,98.
Veículo: Diário do Comércio - MG
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