Assustados com os aumentos da carne de boi, os consumidores estão procurando alternativas. A designer Nery Mordoch, de 46 anos, tem recorrido ao frango e ao peixe. “O problema é que mesmo esses produtos estão mais caros”, lamenta Nery.

Embora os consumidores possam trocar o tipo de carne para pagar menos, o consumo de proteínas mantém-se estável. Na prática, o consumidor pode deixar de comprar a carne de boi, mas ele continuará consumindo proteínas de outras fontes.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado de São Paulo, Manuel Henrique Farias Ramos, lembra que as alternativas à carne bovina são o frango, o peixe e o porco. Porém, essas opções também passaram por aumentos de preços . “Houve uma alta no preço do milho no mercado internacional. Isso afetou os preços do frango”, afirma Ramos.

No caso da carne suína, o aumento das exportações tem pressionado o custo interno. No primeiro semestre do ano passado, o Brasil vendeu para outros países 6,8 mil toneladas de carne de porco. Nos primeiros seis meses de 2008, o volume exportado chegou a 7,8 mil toneladas - um acréscimo de 14,7%.

“Além disso, há uma alta generalizada de preços, por causa do aumento da demanda”, afirma o economista Chau Kuo Hue, da LCA Consultores. Enquanto a produção de alimentos não conseguir dar conta da procura, a tendência é de que o custo para o consumidor final permaneça alto.

Para economizar, a melhor alternativa é comparar os preços de todas as opções disponíveis e substituir os cortes mais caros, quando for possível.

EXPORTAÇÃO

7,8 mil toneladas foi quanto o Brasil exportou de carne suína no primeiro semestre de 2008. Esse volume representa uma alta de 14,7% em relação ao ano passado. Como estão exportando mais, os produtores brasileiros estão colocando menos carne nos açougues, o que faz o preço subir.