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17/10/2011 11:40 - Preço do suíno vivo sobe 2,3%

Cotação neste mês chega a R$ 3,07 o quilo, estimulada pelo aumento do consumo.


O aumento do consumo de carne suína tem contribuído para a expansão da atividade e a geração de lucro para os produtores. De acordo com dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), o rebanho estadual gira em torno de 4,5 milhões de cabeças, sendo 240 mil matrizes, e a produção de carne é em média de 500 mil toneladas anuais. Com o consumo aquecido, os preços do suíno vivo estão se mantendo em patamares rentáveis. O A cotação do quilo neste mês está em R$ 3,07, com alta de 2,3% frente à média observada em setembro.

De acordo com o vice-presidente Asemg, José Arnaldo Cardoso Penna, a produção mineira é insuficiente para abastecer o mercado estadual, sendo necessária a aquisição de suínos provenientes dos estados do Sul do país. O consumo em Minas é o segundo maior do Brasil e está estimado em 25 quilos per capita ao ano, enquanto a média brasileira fica em torno de 14 quilos per capita.

"O consumo de carne suína no Estado é crescente e perde apenas para Santa Catarina. A diferença é que os mineiros preferem o produto in natura, enquanto os catarinenses optam pelos industrializados", disse.

A suinocultura em Minas Gerais movimenta anualmente cerca de R$ 4 bilhões e gera em torno de 12 mil empregos diretos. O maior investimento do suinocultor nas unidades de produção faz com que os preços do suíno mineiro sejam mais competitivos no mercado. A mudança de perfil também contribui para o ganho de competitividade, já que os suinocultores estão investindo em capacitação para se tornarem empresários do setor.

O maior investimento em aperfeiçoamento e na aplicação de tecnologia, como os melhoramentos genéticos, contribui para que os custos de produção, hoje em elevação, sejam compensados com o ganho em produtividade, o que também é feito através do melhor manejo dos recursos e da melhor qualidade dos insumos utilizados.

O quilo do suíno vivo foi comercializado ao longo da segunda semana de outubro a R$ 3,07, enquanto o custo médio de produção é de R$ 2,95. A perspectiva é que os preços se mantenham em alta pelo menos até a primeira quinzena de dezembro devido às festas de fim de ano, período em que tradicionalmente o consumo é alavancado.

A alta do milho, base da alimentação dos suínos, é o principal fator que vem reduzindo a margem de ganho dos suinocultores. A tendência, segundo Cardoso Penna, é que o preço do cereal sem mantenha no patamar atual. O milho em Minas Gerais está cotado em torno de R$ 27,51 por saca de 60 quilos, o que representa elevação de 47% frente ao preço praticado em outubro de 2010 e de 6,2% em relação aos valores vigentes em setembro.


Exportações - Em Minas, a demanda aquecida no mercado interno tem compensado a queda observada nas exportações de carne suína. De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a receita gerada com os embarques de carne suína em setembro caiu 49,88%, com renda de US$ 3,6 milhões. O volume ficou em 1,6 mil toneladas contra 3,2 mil toneladas embarcadas em agosto, o que significa queda de 48,9%.

No acumulado de janeiro a setembro o setor amarga perdas de 36,6% no faturamento das exportações. Em relação ao volume, o recuo foi de 33,48%, foram embarcadas 17,3 mil toneladas no período. A estimativa é encerrar 2011 com 20 mil toneladas, contra as 34 mil toneladas enviadas em 2010. Os principais destinos da carne suína mineira são Hong Kong, Venezuela e Ucrânia.

A produção do Estado é comercializada também no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. "O consumo interno tem compensado a queda observada nas exportações. A negociação com o exterior é interessante para o suinocultor mineiro, já que as exigências internacionais em relação à sanidade e à segurança alimentar são as mais rígidas, o que agrega valor ao produto no mercado local", disse Penna.


Veículo: Diário do Comércio - MG

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