Carnes / Peixes
19/07/2011 09:33 - Suínos recuperam valorização
Média do quilo do animal vivo já chegou a R$ 3,20, com alta de 41,59% ante junho.
Os preços dos suínos, ao longo das duas primeiras semanas de julho, reverteram os resultados negativos acumulados desde maio e retomaram o crescimento. De acordo com a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), o preço do quilo do animal vivo está em torno de R$ 3,20, o que representa uma valorização de 41,59% frente aos preços praticados em junho e de 68,4% se comparado com a cotação média praticada em maio. A tendência é de novos aumentos até o final deste mês. Segundo o vice-presidente da Asemg, José Arnaldo Cardoso Penna, a retomada dos preços se deve à redução da oferta de carne de suíno no mercado interno.
Nas duas primeiras semanas de julho, o mercado de suínos mostrou retomada nos valores pagos pela carne. Em Minas, a procura por parte dos frigoríficos está aquecida. O preço do quilo do suíno vivo ficou acordado em R$ 3,20, após a Bolsa de Suínos de Minas Gerais, ocorrida na última quinta-feira. A tendência é de que os preços se mantenham em alta, com o quilo podendo ser comercializado até o final do mês a R$ 3,40.
A retração nos preços observada ao longo de junho foi considerada atípica, uma vez que as temperaturas amenas estimulam o consumo do produto, promovendo os preços. "A tendência é de que os preços continuem em alta em todo o país, porém não mais tão expressiva como a observada nas últimas duas semanas. Além dos fatores de mercado, o aumento do consumo, devido à implantação das ações do Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (Pndes), irão contribuir para a sustentação dos preços", diz Cardoso Penna.
Entre junho e maio, os preços do quilo do suíno vivo variaram entre R$ 1,90 e R$ 2,26 em Minas. O aumento da oferta e a desvalorização dos preços pagos pelo produto foram provocados principalmente por especulações de mercado que apontavam para oferta no mercado interno muito inferior à demanda, o que alavancou o abate dos animais.
"A queda dos preços levou os produtores ao desespero. Em maio, por exemplo, o quilo do animal vivo foi comercializado a R$ 1,90, enquanto os custos de produção estavam em torno de R$ 2,7. Uma das medidas que adotamos foi o pedido de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, onde sugerimos que o governo federal comprasse carne do mercado", lembra Cardoso Penna.
Ainda segundo o vice-presidente da Asemg, após a audiência ficou acordada a compra por parte do governo, porém o excesso de carne no mercado não foi comprovado, o que voltou a provocar alta nos preços do suíno.
Embargo - Os boatos, segundo o representante da Asemg, tiveram como principal justificativa o anúncio de embargo a 85 agroindústrias brasileiras pelo governo russo e a pressão dos grandes compradores para que os preços fossem reduzidos. Com a possível suspensão da comercialização, os produtores, com receio da diminuição de animais para exportação e com os custos de produção em alta, despejaram a produção no mercado interno.
Conseqüência disso foi o alto número de animais no Sudeste e Centro-Oeste vindos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, caracterizando uma grande oferta de suínos vivos e a redução dos preços de venda. Aliada a estes fatores, os custos de produção, em junho, atingiram recordes, principalmente pelo alto valor de venda das sacas de milho, inviabilizando grande parte das produções.
"Os produtores de suínos de Minas e do Sul do país registraram prejuízos enormes durante os últimos dois meses. O que esperamos é que os produtores consigam recuperar as perdas, caso contrário a produção no Estado poderá ser afetada", alerta Cardoso Penna.
Outro problema enfrentado tanto pelos suinocultores de Minas como dos demais estados produtores é a queda do poder de compra, que seguiu recuando em junho frente aos principais insumos, milho e farelo de soja. Com eles em patamares elevados e os preços do suíno vivo relativamente baixos, o produtor perdeu cerca de 5% do seu poder de compra frente ao milho e 2,4% frente ao farelo de soja, ao longo do mês.
A tendência em relação aos preços do milho é de novas elevações, isto pelas geadas registradas no Sul do país, que comprometeram parte da produção do cereal em momento de demanda aquecida.
Veículo: Diário do Comércio - MG
Veja mais >>>
18/08/2023 11:21 - Consumo de pescado cresce 65% no Brasil desde 200402/06/2023 10:38 - Os maiores fornecedores de pescados reunidos em um único local
11/05/2023 16:57 - Amplie a variedade de peixaria no seu supermercado
10/03/2023 10:57 - O autêntico Noruega – sabor premium único e alto rendimento
12/12/2022 11:31 - Produção de proteína animal cresce no 3º trimestre
23/11/2022 11:33 - Bacalhau da Noruega, a melhor receita para o fim de ano
17/10/2022 11:15 - Consumo aquecido de tilápia agrega valor aos mercados nacional e internacional
03/10/2022 17:00 - Um oceano de produtos para o seu supermercado
12/09/2022 11:39 - América Latina tem feira de negócios focada no setor do pescado
09/09/2022 12:00 - Bacalhau da Noruega, uma opção saudável para uma alimentação equilibrada
01/09/2022 12:20 - Semana do Pescado incentiva temporada de consumo no segundo semestre
22/08/2022 16:28 - Confirmada para setembro a 19ª Semana do Pescado
10/08/2022 11:46 - Bacalhau da Noruega – saúde e sabor em um alimento 100% natural
27/06/2022 10:15 - Por que você deve aumentar os estoques de carne de porco na sua loja?
20/06/2022 11:29 - Vem aí o plant-based em pó