Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Carnes / Peixes

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Carnes / Peixes

16/06/2011 12:52 - UE rejeita mudar a definição da Cota Hilton

Bloco aceita avaliar proposta do Brasil sobre aspectos técnicos

 

A União Europeia (UE) recusa a demanda do Brasil de modificar a definição da chamada Cota Hilton, pela qual o país tem direito a exportar - mas não consegue - 10 mil toneladas de cortes bovinos nobres com tarifa menor para o mercado europeu.

 

Bruxelas diz, porém, estar "aberta a escutar" propostas brasileiras sobre "alguns aspectos técnicos da aplicação da cota", para que produtores brasileiros possam utilizá-la plenamente e obter um faturamento bem maior.

 

Na prática, a resposta europeia pode se estender à frequente demanda brasileira para que a UE flexibilize suas exigências em relação à rastreabilidade de toda a carne bovina brasileira - não apenas à da Cota Hilton - destinada à exportação aos 27 países-membros do bloco.

 

Pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil não preencherá o volume de exportações a que tem direito na Hilton. No ano-cota que se encerra este mês, o 2010/2011, o país só venderá cerca de 400 toneladas do volume total, ou seja 4%. No ano anterior, não chegou a 8% do total. A UE deixa claro que o volume é anual e não é possivel transferir as quantidades não exportadas para o ano-cota seguinte (julho 2011-junho 2012).

 

O Brasil tem ficado distante de cumprir a Hilton porque a UE exige, desde 2009, que os cortes vendidos dentro da cota sejam provenientes apenas de animais rastreados desde a desmama (10 meses de vida) e que sejam alimentados só a pasto, sem nenhum tipo de suplementação a partir de então.

 

Por isso, o governo brasileiro insiste com a UE para rever as condições para a exportação considerando que elas são hoje "irreais". Para o Brasil, a rastreabilidade especial exigida não é questão de sanidade, mas de mercado. O país reclama de discriminação, pois outros como EUA e Canadá vendem na Cota Hilton sem as mesmas exigências impostas aos brasileiros.

 

Para a União Europeia, são diversas as razões para o Brasil preencher apenas 4% do volume a que tem direito. Avalia que as exigências adotadas pelos europeus em 2008 limitaram o numero de fazendas brasileiras autorizadas a fornecer gado para abate e exportação da carne à Europa.

 

Além disso, afirma que não há muitos produtores interessados na utilização da cota respeitando as condições de rastreabilidade aceitas pelo Brasil desde 2005. Bruxelas argumenta que o aumento do consumo interno, o crescimento da demanda da carne brasileira por mercados como Ásia e Oriente Médio e uma taxa de câmbio desfavorável do euro tornaram o mercado europeu menos atrativo para os exportadores brasileiros nos dois últimos anos.

 

Para a UE a resposta para mudar a definição da cota é clara: "A Comissão Europeia manteve contatos com as autoridades brasileiras sobre essa questão em 2010. A conclusão das discussões foi de que uma modificação da definição da Cota Hilton não é possível. No entanto, a Comissão continua aberta a escutar as propostas brasileiras sobre certos aspectos técnicos da aplicação da cota. Aguardamos propostas brasileiras".

 

No governo brasileiro, mesmo essa discussão limitada só pode ocorrer depois que o setor privado no Brasil decidir o que quer exatamente. É que até agora os produtores de carne bovina só ameaçaram pedir ao governo que denuncie a UE na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Se eles pedirem a abertura de disputa, o governo precisa preparar estudos, toda a argumentação, ver as despesas de custos de advogados, e tudo isso leva tempo", diz uma fonte.

 

A Argentina, por sua vez, terá ampliada em duas mil toneladas sua cota, totalizando 30 mil. Para os argentinos, as exigências são as mesmas feitas os produtores brasileiros. A diferença é que as pastagens na Argentina têm maior teor de proteína que as do Brasil. Assim, dá para atender os europeus e vender carne de "vaca vegetariana", como diz um negociador, sem que seja necessário fazer suplementação da alimentação. O aumento da cota poderá significar à Argentina - se todo o volume for cumprido - valores adicionais de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões, estimam os argentinos.

 


Veículo: Valor Econômico

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

18/08/2023 11:21 - Consumo de pescado cresce 65% no Brasil desde 2004
02/06/2023 10:38 - Os maiores fornecedores de pescados reunidos em um único local
11/05/2023 16:57 - Amplie a variedade de peixaria no seu supermercado
10/03/2023 10:57 - O autêntico Noruega – sabor premium único e alto rendimento
12/12/2022 11:31 - Produção de proteína animal cresce no 3º trimestre
23/11/2022 11:33 - Bacalhau da Noruega, a melhor receita para o fim de ano
17/10/2022 11:15 - Consumo aquecido de tilápia agrega valor aos mercados nacional e internacional
03/10/2022 17:00 - Um oceano de produtos para o seu supermercado
12/09/2022 11:39 - América Latina tem feira de negócios focada no setor do pescado
09/09/2022 12:00 - Bacalhau da Noruega, uma opção saudável para uma alimentação equilibrada
01/09/2022 12:20 - Semana do Pescado incentiva temporada de consumo no segundo semestre
22/08/2022 16:28 - Confirmada para setembro a 19ª Semana do Pescado
10/08/2022 11:46 - Bacalhau da Noruega – saúde e sabor em um alimento 100% natural
27/06/2022 10:15 - Por que você deve aumentar os estoques de carne de porco na sua loja?
20/06/2022 11:29 - Vem aí o plant-based em pó

Veja mais >>>