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08/01/2010 11:06 - Carne com grife e bem carinha...

Cortes nacionais mais nobres são vendidos em supermercados por mais de R$ 70 o quilo. Variação dos preços chega a 126%

 

 
O quilo do filé mignon custa R$ 63,29. O carré de cordeiro sai por exatos R$ 72,98. Pela tradicional e saborosa picanha paga-se R$ 54. Detalhe: todos os produtos são nacionais. E por que custam mais caros que os importados? “A diferença está na qualidade do animal selecionado para o abate. Por exemplo, a carne de cordeiro que vem do Uruguai é de segunda, pois a especial é exportada para a Europa”, explica o presidente da VPJ Beef, Valdomiro Poliselli Júnior. “A qualidade na seleção da matéria prima é fundamental. Só trabalhamos com cortes especiais de novilha precoce”, reforça o diretor comercial do grupo Verdemar, dono da marca Bullight, Alexandre Poni.

 

 
Apesar de o preço de cortes especiais ser bem superior aos vendidos em açougues e mesmo nos supermercados de Belo Horizonte que comercializam carnes finas – a variação no corte de filé mignon, por exemplo, chega a 126% (de R$ 27,98 para R$ 63,29) – o mercado de carnes nobres no Brasil é crescente e, segundo produtores, há muito a ser explorado. “Estamos há 10 anos no mercado e crescemos em média 25% ao ano”, afirma Alexandre. Na VPJ Beef, os números também estão em alta desde 2004, quando a empresa foi inaugurada. “Tanto na linha Angus (bovino) quanto na Cordeiro Prime, a média é de 40% ao ano”, destaca Valdomiro.

 


Dono de uma das mais tradicionais produtoras de cortes premium no Brasil – Wessel Culinária & Carnes –, o empresário István Wessel afirma que o mercado de carnes nobres no Brasil acompanha a evolução da economia. “Os investimentos na melhoria genética dos animais aumentaram muito nos últimos anos, o que se traduz em maciez e suculência na carne”, diz. O aumento da renda do brasileiro é outro fator citado por ele: “Há 45 anos, comíamos um hambúrguer metade soja e metade gordura e achávamos ótimo. Hoje, a exigência é maior. Paga-se mais caro pelos cortes nobres, mas não tem perda. Você consome 100% daquilo que compra.”

 


De olho nas gôndolas dos supermercados que comercializam cortes premium, consumidores são unânimes em afirmar que não se importam de pagar mais: eles querem levar mais qualidade para a casa. “Observo se a carne é do chamado ‘boi verde’, que não usa hormônio, porque, se a gente não gasta aqui, vai gastar no médico”, compara a dona de casa Ana Maria Birman. Ela levou para casa um corte da marca Bullight e afirma que o selo de rastreamento pregado no produto lhe dá mais segurança. De acordo com Alexandre, 100% da produção de cortes bovinos da marca é rastreada. “Garantimos a nossa procedência. Do abate à venda final”, revela.

 


A designer de joias Wanda Guimarães Guatimosim também engrossa a lista dos consumidores de carnes nobres no país. Na hora da compra, não faz contas. “Não me incomodo de pagar mais caro e não me atenho ao preço”, diz

 


Segmento é 'grande negócio do futuro'

 

Representantes do setor não tem dados específicos sobre o mercado de carne nobre no Brasil, mas levando em conta os números gerais do segmento, a aposta dos empresários é que seja “o grande negócio do futuro”. O balanço final de 2009, segundo dados da Abiec, deve confirmar 9,2 milhões de toneladas produzidas no ano, ante 9 milhões em 2008. O consumo interno vai girar em torno de 7,2 milhões de toneladas. Só a bovinocultura de corte fatura mais de R$ 50 bilhões/ano no país.

 

“Temos muito espaço para crescer, especialmente no setor de ovinos. Para se ter uma ideia, temos um rebanho de 14 milhões de ovinos e caprinos, contra 150 milhões na Austrália”, compara Valdomiro, da VPJ Beef. Sua empresa produz cerca de 4 mil toneladas/ano de carne bovina e 530 de cordeiro. Segundo ele, a procura é muito maior que a oferta. O gargalo para o crescimento, de acordo com o empresário, está justamente em encontrar animais de qualidade. No varejo, o quilo do carré de cordeiro da marca custa R$ 72,98. “E não tenho nem um quilo no estoque”, diz. A capital mineira pode ganhar em 2011 uma loja da marca. “Inauguramos a loja-modelo em Campinas (SP). Nossa meta é expandir para São Paulo capital, Brasília, Rio e Belo Horizonte”, revela.

 

O mercado de carnes nobres tem atraído atenção dos empresários de outros ramos. O grupo Super Nosso, que comercializa produtos nobres de outros fabricantes em suas lojas gourmets, lançou há 2 meses a marca SN, destinada à classe A. “As vendas de cortes finos vem crescendo muito em nossas lojas. Percebemos que o consumidor está priorizando mais a nobreza da carne”, afirma o supervisor de compras da rede, Luiz Kayser.

 

Grande grupos mundiais também investem em linha nobre. A multinacional brasileira Marfrig, quarto maior produtor mundial de carne bovina, por exemplo, tem a marca Bassi, que comercializa cortes especiais.
 
 


Veículo: O Estado de Minas

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