Com avanço do calor, comerciantes reajustaram em 100% o preço da água mineral

As bebidas estão mais caras em Belém, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconnômicos no Pará (Dieese/PA) divulgou ontem números que comprovam aumentos acima da inflação nos preços de vários produtos do mercado de bebidas. A alta registrada nos últimos 12 meses foi atestada a partir de pesquisas em diversos estabelecimentos de vendas, tal como supermercados e locais onde vendedores autônomos exercem seu trabalho.

De acordo com o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, o grande calor que Belém enfrenta neste mês de setembro impulsiona o maior consumo de líquidos como água, sucos e refrigerantes. “A maior procura é evidente. A população sente mais necessidade de bebidas. Por outro lado, os preços também aumentaram incrivelmente, chegando até a 100% no caso da água mineral que você compra na rua”, afirma o economista.

Segundo Roberto Sena, além do crescimento da demanda, outro fator para a mudança dos preços é o período de entressafra de algumas frutas, no caso específico dos sucos, e o custo de produtos necessários à produção das bebidas. “Todos os preços aumentaram por culpa da inflação. O que nos chama a atenção é o fato de muitos terem aumentado mais de 6,50%, que é a taxa de inflação”, explica.

Para o comerciante e funcionário de um bar, Aílton Bravo, o consumo de bebidas aumentou visívelmente no lugar onde trabalha. “As pessoas estão comprando mais tudo: água, refrigerante, suco, cerveja. Deve ser por causa do calor”, especula. No entanto, segundo ele, os preços não estão mais atraentes. “Tudo está mais caro, mas mesmo assim as pessoas compram, isso não está inluenciando negativamente nas vendas”, afirma.



Veículo: O Liberal - PA