A produção de cervejas recuou 2,7% em volume em agosto, em relação ao mesmo mês de 2013. A queda em refrigerantes foi ainda maior, de 9%, segundo dados preliminares da Receita Federal.

Em julho, quando ainda havia um efeito residual da Copa do Mundo, a produção de refrigerantes aumentou 3,9% e a de cervejas, 2,8%, no comparativo anual.

É a segunda vez neste ano que o setor de cerveja mostra queda - a primeira foi em janeiro. No acumulado do ano até agosto, há crescimento de 8,65% na produção em relação a igual período de 2013.

A produção da refrigerante, por sua vez, ficou praticamente estável de janeiro a agosto, com alta de apenas 0,18%. Além do mês passado, a categoria também registrou baixas em janeiro, abril e junho, considerando sempre a comparação com igual período de 2013.

No ano passado, a produção de cervejas recuou 2% em relação a 2012, e a de refrigerantes, 3,6%.

Em agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não havia desistido de aumentar os impostos incidentes sobre as bebidas frias neste ano. A presidente Dilma Rousseff, porém, afirmou que não previa ajustes no curto prazo. Uma nova tabela poderia ter entrado em vigor ontem. Mantega disse, na mesma ocasião, que iria conversar com representantes do setor antes do aumento. Por enquanto, não há nenhuma reunião marcada entre o grupo do setor privado criado para discutir a tributação sobre o segmento de bebidas e a Fazenda.



Veículo: Valor Econômico