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10/10/2012 11:45 - Cereser estuda compra de vinícola

No bairro do Caxambu, ao leste de Jundiaí (SP), a fabricante de bebidas Cereser estuda voltar às raízes. Foi em um sítio de dez alqueires, onde hoje funciona a sede da empresa que produz a sidra mais popular do país, que o imigrante italiano Santo Cereser, junto com a mulher, Maria Piacentini e mais sete filhos, deu início à produção de uvas, no fim do século XIX. Primeiro, para abastecer vinícolas e, mais tarde, para a própria Indústria de Vinhos Santa Isabel. Mas o cultivo da fruta decaiu na região e, em 1967, os Cereser descobriram novo rumo para os negócios com a fabricação de sidra. A rápida expansão dos espumantes no país, no entanto, faz com que a empresa reveja suas estratégias.

"Nós devemos entrar em espumantes através de aquisição", diz José Fontelles, diretor comercial da Cereser. "Os espumantes vêm roubando mais mercado [da sidra] agora do que antes". Nos últimos anos, a Cereser registrou um crescimento entre 5% e 6% ao ano, nas vendas líquidas, cujo valor não é revelado. O aumento dessa taxa, segundo Fontelles, passa necessariamente por uma compra. "Mas nada deve ser fechado no curto prazo", diz.

O mercado de espumantes (vinhos que passam por uma segunda fermentação) é muito maior que o de sidras (bebida com suco fermentado de maçã). Segundo a consultoria Euromonitor, enquanto o consumo de sidras no país cresceu 21% em 2011, para US$ 73 milhões, o de espumantes subiu 24,5%, para US$ 1 bilhão. Em volume, a venda de sidra avançou 7,5% em 2011, para 13,7 milhões de litros, já o de espumantes subiu 12%, atingindo 18,9 milhões de litros. A pouca diferença de volume e a enorme distância em valor aponta para o maior valor agregado dos espumantes. É possível encontrar espumantes por até R$ 12. Já a garrafa de sidra custa em média R$ 6.

Para fazer frente ao avanço dos espumantes, a Cereser vai anunciar, pela primeira vez este ano, a sua marca Chuva de Prata, um misto de espumante e sidra, com preço sugerido de R$ 9. A campanha de publicidade estreia no dia 25, na TV Record, sob o slogan "O melhor da festa". Outro filme vai ao ar em dezembro, estrelada pela ex-BBB Íris Stefanelli. "Estamos aumentando em 70% a verba de marketing deste ano em relação a 2011", diz Edgar Galbiatti, gerente de marketing da Cereser.

A empresa é a maior fabricante de sidras do país, responsável por 75% do volume e 80% do faturamento da categoria, segundo estimativas da empresa. A companhia compra vinho de produtores gaúchos, entre eles, a Cooperativa São João e a Vinícola Geisse. Com duas fábricas, em Cabo de Santo Agostinho (PE) e em Jundiaí - onde foi inaugurada há três anos "a maior linha de produção de espumantes do mundo", segundo a Cereser, capaz de processar 26 mil garrafas por hora -, a empresa também atende terceiros, como a Diageo (vodca Smirnoff) e a Bacardi.

Enquanto a aquisição de uma vinícola não acontece, a Cereser se volta cada vez mais para a sidra. Depois de passar os últimos anos diversificando o portfólio - vodca, uísque, vinho, cachaça e até suco, que chegaram a somar 65% das vendas -, a companhia decidiu reforçar a aposta no seu carro-chefe, mas em versões de maior valor agregado. "Nosso esforço está em diminuir a sazonalidade do fim do ano e associar a sidra às comemorações em geral", diz Fontelles.

A empresa criou uma linha Cereser com times de futebol: Santos, Palmeiras, Corinthians, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Botafogo, Fluminense e Vasco. O preço sugerido, de R$ 9, é 50% superior ao da sidra convencional. O próximo lançamento, ainda este mês, será uma sidra de maçã verde. "Aumentamos em 50% este ano o investimento em novos produtos", diz Fontelles.

A empresa também aposta na sidra sem álcool, inclusive na polêmica versão infantil Spunch!, cuja venda chegou a ser questionada pela Defensoria Pública de São Paulo. As investidas trouxeram de volta a representatividade da sidra no faturamento: de 35% para 45% nos últimos dois anos. Por outro lado, em 2011, a Cereser abandonou a produção de néctares, com marca Jussy. Mais do que nunca, a ordem é seguir o lema de João Cereser, neto do fundador da companhia: "O campo é vasto. Lutemos com dignidade pela nossa parte". Em sidras ou espumantes.


Veículo: Valor Econômico

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