Com a expansão, unidade de Alagoinhas passa a ter capacidade para produzir cerca de 900 milhões de litros por ano .

A Schincariol investiu R$ 400 milhões para ampliar sua planta industrial em Alagoinhas, na Bahia. Iniciado em 2010, o projeto ampliou a fábrica em 33 mil metros quadrados, elevando a área total construída para mais de 110 mil metros quadrados.

Com a expansão e novos equipamentos de última geração, a unidade Alagoinhas passa a ter capacidade para produzir cerca de 900 milhões de litros de cerveja e 400 milhões de litros de refrigerantes por ano. Segundo o presidente da Schincariol, Gino Di Domenico, a empresa tem no Norte e, especialmente, no Nordeste, sua maior participação no volume de vendas, de cerca de um terço do mercado.

Di Domenico lembra ainda que esses investimentos permitiram aumentar em 2,6 mil os empregos gerados, entre diretos, terceirizados e indiretos, para os atuais 6,6 mil colaboradores.

A Schincariol implantou sua fábrica em Alagoinhas em 1997. Na época, a empresa investiu cerca de R$ 200 milhões na unidade produtiva, a primeira da Schincariol fora do Estado de São Paulo. A companhia investiu mais de R$ 600 milhões somente na unidade industrial de Alagoinhas nos últimos 15 anos.

Sob comando japonês desde 2010, quando foi vendida para a fabricante de bebidas Kirin, a Schincariol está fazendo uma reestruturação em seu portfólio e estudando a introdução de novos produtos e marcas no mercado brasileiro. Com as mudanças, a companhia espera reverter o prejuízo registrado no ano passado, de R$ 78 milhões, e voltar a lucrar. "Tivemos um primeiro semestre bastante positivo. Além disso, nossa geração de caixa deve chegar a R$ 550 milhões este ano, o que nos leva ao lucro", afirmou Gino Di Domenico. A receita líquida deve crescer 12%, para R$ 3,5 bilhões em 2012, prevê o executivo. Segundo ele, após concluir a integração das operações das empresas, no final do ano passado, a Schincariol está se tornando uma companhia "menos industrial" e mais voltada ao fortalecimento de marca e à inovação.

Nos últimos meses, a empresa montou um grupo de trabalho, formado por executivos de marketing brasileiros e japoneses, que definirá os lançamentos nos próximos três anos. "Estamos trabalhando em produtos com novas tecnologias, de acordo com especificidades e preferências do consumidor de cada região do país", afirmou.



Veículo: Diário do Comércio - MG