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21/05/2012 10:23 - Indústria investe na produção de água de coco

Entre 2011 e 2016, mais de R$ 350 milhões serão aplicados na cadeia do coco no Brasil, e o foco principal é a água. Os fabricantes olham para o mercado interno, mais do que para exportações, e novas empresas chegam ao país. Uma delas é a Aurantiaca, que tem como sócio o americano Willem Kooyker, executivo à frente da Blenheim Capital Management, uma das maiores gestoras de fundos hedge de commodities do mundo. A Sococo, maior produtora de derivados da fruta no país, está ampliando sua capacidade para dobrar a produção de água de coco até 2016. Além de grandes grupos, empresas de menor porte como a Beba Rio também investem para disputar uma fatia do mercado.

Entre janeiro e abril deste ano, os brasileiros consumiram 20,9% mais água de coco do que em igual período de 2011, segundo dados da Nielsen. "Pode-se imaginar um crescimento expressivo da categoria no ano fechado de 2012", diz Rafael Ikeda, analista de mercado da Nielsen. Até abril esse mercado movimentou R$ 140 milhões, quase a metade dos R$ 300 milhões de 2011.

"Classificamos [o produto] como categoria de acesso; as pessoas ainda estão experimentando, e a água de coco tem baixa penetração nos lares, com potencial de crescimento", acrescenta Ikeda. Para a Nielsen, categoria de acesso é aquela em que as classes C e D começam a comprar por causa do aumento da renda.

O setor está atraindo novos competidores como a Aurantiaca, que está construindo uma fábrica no município de Conde, a 200 quilômetros de Salvador. A empresa informa que o aporte é de R$ 200 milhões, mas segundo fontes do mercado, o projeto total pode sair por mais que o dobro desse valor.

O investimento está sendo feito com recursos próprios de Willem Kooyker, informa a assessoria de imprensa da companhia. Além de CEO, Kooyker é fundador e presidente do conselho do fundo Blenheim Capital Management, que, segundo reportagem do "Financial Times" de 31 de janeiro, tem US$ 5 bilhões em ativos. Sócio de Kooyker, o holandês Piet Henk Dörr é presidente-executivo da Aurantiaca, e está à frente da operação em Conde.

Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Agricultura da Bahia, a Aurantiaca deve começar a produzir em 2013, com meta de processar 1 milhão de cocos por dia. A planta vai produzir fibra, óleo, leite e água de coco - esta última, prevista para a terceira fase de operação. O Valor apurou que a bebida deve estar no varejo em 2016. Se concretizado, o plano fará da Aurantiaca uma concorrente de peso no mercado de água de coco, liderado por grandes companhias como a PepsiCo. A multinacional comprou em 2009 a Amacoco, dona da marca Kero Coco.

O segmento atrai novos competidores, como a Aurantiaca, que prevê aplicar R$ 200 milhões em Conde, na Bahia

Outra grande empresa do setor, a Sococo, está investindo alto: plantou 2 mil hectares de coco no Pará exclusivamente para produzir água. Hoje, tem 7 mil hectares plantados a partir dos quais produz também coco ralado, leite e sobremesas. A empresa, que hoje processa 300 mil cocos por dia, quer chegar a 1 milhão em 2016.

"A Sococo decidiu estrategicamente que o setor de bebida seria o principal a desenvolver", diz Paulo Gomes, diretor comercial da companhia, que oferece o produto nas versões natural, saborizada e à base de soja. "É o segmento onde temos grande frequência de consumo e podemos dar um salto no faturamento ano a ano", afirma.

O plano de expansão da Sococo soma R$ 120 milhões, dos quais R$ 60 milhões já foram destinados à nova fábrica no Pará. Em 30 de abril, a empresa terminou de plantar os 2 mil hectares, e deve começar a produzir no local em 2014.

A fábrica deve estar operando a pleno vapor em 2016, segundo Gomes. "Vamos agregar 35 milhões de litros ao mercado. Só a Sococo vai produzir em 2016 mais do que o Brasil consome hoje de água de coco", diz, acrescentando que o mercado está estimado em 60 milhões de litros ao ano, dos quais a empresa envasa 35 milhões.

Os outros R$ 60 milhões do plano serão aplicados em um centro de distribuição em São Paulo e em ações de marketing. O investimento está sendo feito com recursos próprios da empresa, que faturou R$ 500 milhões em 2011, 18% a mais que em 2010. A meta é crescer 16% este ano, diz Gomes. A Sococo exporta 10% do que produz "e é muito assediada por distribuidores estrangeiros", afirma Gomes. Mas o foco é Brasil: "Temos um mercado grande a desbravar".

Essa é a oportunidade vista pela Beba Rio. Criada no ano passado por três sócios - Tato Malzoni, Francisco Montans e Francisco Nogueira -, a empresa mira o consumidor premium e aposta em bebidas saudáveis, sem conservantes. O litro da água de coco da marca pode chegar a R$ 9 no varejo. Segundo a Nielsen, o preço médio do produto está em R$ 7. De acordo com Malzoni, o valor é mais alto porque a bebida é 100% natural.

Os sócios acreditam que esse não será um entrave para o crescimento das vendas. A empresa, que tem também uma linha de chá de capim santo, faturou R$ 5 milhões em 2011 e quer chegar a R$ 11 milhões este ano. "Existe um aumento da percepção do que é saudável. Os segmentos de refrigerante e cerveja têm tido aumentos marginais nos últimos anos. Já as bebidas saudáveis, crescem em torno de 20% ao ano", diz Malzoni.

No total, entre 2011 e 2013, a Beba Rio deve investir R$ 3 milhões em pesquisa, desenvolvimento e distribuição, sem incluir marketing. O mercado doméstico é o foco, mas as exportações também estão no radar. Os empresários planejam começar a vender nos Estados Unidos no segundo semestre.

Principalmente de olho no mercado externo, a Coco do Vale está finalizando os investimentos de R$ 15 milhões que iniciou em 2011 para aumentar a produção de água de coco. A meta é fortalecer a distribuição nos Estados Unidos, para onde já vende, e chegar também à Europa e à África.

Segundo Frederico de Melo, presidente da Coco do Vale, nos Estados Unidos a água de coco saborizada (com açaí ou abacaxi, por exemplo) faz sucesso, o que abre espaço para a introdução de novas linhas. A marca tem três rótulos com sabor e um tradicional.

A Ducoco investiu R$ 45 milhões nos últimos três anos, dos quais R$ 20 milhões em água de coco.


Veículo: Valor Econômico

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