Bebidas
07/03/2011 10:10 - Fabricantes brasileiros aprimoraram os vinhedos
Sejam moscatéis doces e perfumados, Brut mais secos, frutados ou maduros, não surpreende que os espumantes nacionais continuem em ascensão. Têm personalidade própria, foram aprimorados e são os goles que melhor se posicionam frente a similares importados.
Olhando a indústria, especialmente a do Rio Grande do Sul, principal fonte desses vinhos, vários pontos alavancaram ao longo dos anos o sucesso atual. Um, a alta na qualidade, tanto nas cantinas como nos vinhedos.
Nesta ala, a das vinhas, estrearam áreas como a Campanha, no sul, perto do Uruguai, cantos mais secos e ensolarados, apropriados para tintos de ponta. A entrada dos novos vinhedos ajudou o primeiro polo de vinhos finos do RS, a Serra Gaúcha, a trocar um pouco seu papel.
De clima úmido e moderado, favorável às uvas que amadurecem cedo (e são colhidas antes das chuvas que caem por lá) como as dos espumantes, a região ficou mais focada nas borbulhas, sua maior vocação.
Foi precisamente essa vocação que trouxe ao Brasil a Chandon, braço da francesa Moët & Chandon, da Champagne, uma das líderes do mercado (que parou de elaborar vinhos tranquilos na década de 90, dedicando-se apenas aos espumantes).
As borbulhas mudaram o perfil do portfólio de grandes adegas da serra. Rota similar à Chandon seguiu a Cave Geisse. A Salton, que emplacou 39 mil garrafas de espumantes em 1995, fechou 2010 vendendo 6 milhões, o dobro dos vinhos tranquilos, que foram seu foco inicial.
A Miolo, que nasceu sem espumantes, vem crescendo com eles a mais de 20% ao ano e contabilizou, em 2010, 2,2 milhões de garrafas (ou 30% da sua produção total).
A Valduga, de 5.000 garrafas em 1994, viu, em 2009, as borbulhas chegarem a 38% da produção e, em 2010, a 47% do 1,3 milhão de litros de vinho que produz.
Para quem os bebe, o terreno parece também propício para um tsunami borbulhante. Por um lado, o Brasil, país tropical, com cerca de 8.000 quilômetros de costa com lindíssimas praias, tem tudo para combinar com a bebida.
Por outro, o consumidor pode encontrar neles, ligeiros, alegres e refrescantes, uma alternativa aos vinhos pesados e alcoólicos que tanto aparecem por aqui.
Alias, voltando às praias, meses atrás, em um giro pelo Rio de Janeiro, encontrei, no calçadão de Copacabana, a Champanheria Copacabana, bar focado em espumantes, uma visão quase surreal em espaço eternamente dominado por caipirinhas e cerveja. Sinal dos tempos, talvez.
Veículo: Folha de S.Paulo

Veja mais >>>
06/02/2024 12:05 - Carnaval aquece as vendas de bebidas nos supermercados05/02/2024 17:31 - Carnaval aquece as vendas de bebidas nos supermercados
05/02/2024 17:19 - Consumo do café no Brasil registra um aumento de 1,64% em 2023
10/01/2024 17:45 - Empresa do ramo lácteo anuncia novo presidente
13/10/2023 10:28 - Supermercadista: você é corresponsável pelo café que vende!
30/08/2023 17:19 - Reservado Concha Y Toro inova e lança sua linha suave
30/08/2023 17:16 - Empresa mobiliza mais de 10 estados em programa de voluntariado
24/08/2023 16:34 - Cervejaria abre vagas para mulheres na área de empilhadeiras
11/08/2023 16:22 - Demanda por cerveja sem álcool faz cervejaria ampliar fábrica
07/08/2023 16:53 - Hoje é Dia da Cerveja! Empresa produtora anuncia novidade
03/08/2023 16:57 - Start up começa a fornecer vinhos para supermercados
19/07/2023 10:47 - The Coca-Cola Company anuncia nova presidente para América Latina
05/06/2023 15:33 - Grupo Heineken lança programa para neutralizar emissões de carbono até 2040
05/06/2023 15:25 - Pérgola comemora 9 anos consecutivos como o vinho mais vendido no Brasil
02/06/2023 10:20 - Vinícola reduz 99% dos herbicidas em seus vinhedos