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02/07/2010 10:55 - Diageo põe ativos realmente líquidos em fundo de pensão

O que o uísque não cura não tem cura, diz um ditado antigo. Será que isso se aplica a um déficit no fundo de pensão?

 

A Diageo PLC, fabricante do Johnnie Walker e do Talisker, está prestes a descobrir.

 

A gigante britânica de bebidas informou ontem que ajudará a curar seu déficit atuarial de 862 milhões de libras (US$ 1,29 bilhão) transferindo 2,5 milhões de barris de uísque que estão envelhecendo para seu fundo de pensão, dentro de um plano de financiamento de dez anos acordado com os gestores do fundo.

 

Se alguns dos aposentados passam os seus anos dourados afogando as mágoas em bebida, a contribuição líquida da Diageo ao fundo de pensão deve ajudar a manter a festa por algum tempo - é o suficiente para encher 180 piscinas olímpicas.

 

O uísque dedicado ao fundo de pensão sairá das destilarias de malte e grãos da Diageo na Escócia. O volume equivale a cerca de 30% do total de uísque que a empresa tem em estoque. Basicamente, a bebida serve de garantia que pode ser vendida no caso improvável de a Diageo um dia não conseguir cumprir suas obrigações com o fundo.

 

A iniciativa faz parte de uma tendência crescente na qual as empresas estão colocando mais do que dinheiro nos seus fundos de pensão na esperança de aliviar a ressaca do aperto de crédito. A British Airways PLC, que recentemente enfrentou greves, usou aviões como garantia para os fundos de pensão. O grupo de hotéis e restaurantes Whitbread PLC, a rede de supermercados J. Sainsbury PLC e a varejista Marks & Spencer Group PLC colocaram ativos imobiliários, como hotéis, restaurantes e lojas, nos seus fundos de pensão.

 

Embora o acordo da Diageo pareça singular pelo uso do uísque, a ideia por trás dele não é diferente de outras. "As empresas estão buscando ativos corporativos que possam comprometer com os fundos, o que significa que elas não precisarão colocar dinheiro", diz o consultor independente de aposentadorias John Ralfe.

 

Os pensionistas da Diageo procurados ontem pareceram dispostos a brindar qualquer acordo que mantenha os copos das aposentadorias deles cheios.

 

"Desde que eu receba, não me preocupo com isso", diz Derek Knowles, de 74 anos, que participa do fundo de pensão da Diageo. Ele é um motorista aposentado da cervejaria East London, que foi adquirida pela empresa. "Eu mesmo sou um tomador de uísque."

 

A Diageo não é a primeira empresa a usar alimentos e bebidas finas como garantia.

 

Em um cofre de banco em Milão, o Credito Emiliano, da Itália, guarda milhares de rodas de parmesão envelhecido, que são garantia de empréstimo de fabricantes de queijo. No ano passado, houve um aumento de 10% na demanda por empréstimos garantidos por queijos por causa de dificuldades enfrentadas pela indústria de parmesão, disse na época o diretor da unidade do banco que cuida do programa, William Bizzarri. Os cofres, com controle de temperatura, têm capacidade para armazenar 440.000 rodas de parmesão, avaliadas em mais de 130 milhões de euros.

 

A Itália tem um longo histórico de financiamentos baseados em alimentos. No fim de 1990, o Mediobanca emitiu warrants e bônus garantidos pelo vinho tinto Brunello di Montalcino, feito pela vinícola Marchesi Antinori Srl. Naquela época, o banco milanês pagou cerca de 10 milhões de euros por toda a safra 1997 do vinho tinto. Em uma entrevista no ano passado ao jornal britânico "The Guardian", o ministro da Agricultura da Itália, Luca Zaia, disse que seria uma ótima ideia usar também presunto e outros vinhos caros como garantia.

 

Em 2005, entretanto, a mesma proposta deixou um gosto amargo na boca de investidores britânicos que se apressaram em fazer um estoque de Bordeaux e outros vinhos finos em fundos de pensão individuais.

 

O governo britânico parecia estar disposto a relaxar as regras do país para os chamados "fundo de pensão pessoais de investimento próprio". Por um período breve, parecia que as pessoas iriam poder colocar os vinhos finos de suas adegas e o coleções de carros antigos nos seus fundos de pensão, e esses ativos receberiam insenção fiscal. Mas o governo descartou a ideia, deixando alguns grandes investidores de vinhos a ver navios.

 

A Diageo informa que não está recorrendo à bebida porque seu fundo de pensão enfrenta grandes problemas. Embora a companhia afirme que o déficit de 862 milhões de libras seja significativo, ela acrescenta que o rombo é resultado de uma avaliação feita num período infeliz, em abril de 2009, um momento "incomum de volatilidade", em meio à crise financeira. Um porta-voz da Diageo disse que o déficit será bem menor quando a empresa apresentar seus resultados, em agosto.

 
  

Veículo: Valor Econômico

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