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11/10/2016 14:07 - Baixa oferta de mandioca já afeta indústria e atacado
Na semana passada, a quantidade processada pelas unidades industriais de fécula caiu 47% em relação ao período anterior por falta de matéria-prima
São Paulo - O movimento de alta nos preços da mandioca, que se intensificou no atacado paulista a partir de maio deste ano, já reflete em redução no processamento da indústria. Seja por menor disponibilidade do produto na lavoura, interferência da chuva ou agregação de valor, o que se tem é uma raiz mais de 200 vezes mais cara, em relação a 2015.
Na semana passada, a média para a tonelada de mandioca posta em fecularia foi de R$ 505,13, sendo R$ 0,8785 por grama, de acordo com análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgada ontem. O valor representa elevação de 15,3% na variação semanal e um salto gigantesco de 240,6% quando comparado ao mesmo período do ano passado, em termos reais.
Cenário no campo
As últimas atividades de colheita deste ano foram encerradas em grande parte das regiões produtivas. No entanto, há quem ainda tenha áreas para colher e esteja postergando a comercialização, em busca de preços maiores.
"Como produtor, tenho o que colher, mas o solo está muito seco. Esse é um fator que tem complicado a situação", conta o agricultor e presidente da Câmara Setorial da Mandioca e Derivados do Ministério da Agricultura, Osvaldo Zanqueta.
Quando o assunto é lavoura, ele lembra que em meados de 2014 houve um baixo nível de plantio, cuja remuneração chegou a R$ 0,20 por grama. Em seguida, veio uma série de problemas climáticos, excesso de chuva e erosão, que prejudicaram as áreas que foram plantadas entre julho e setembro do ano passado - para a colheita que viria em 2016.
"Hoje, ainda sentimos vestígios destes problemas no campo, por isso é naturalmente menor a oferta", acrescenta o representante da cadeia.
A expectativa é que até início do ano que vem a raiz de mandioca continue escassa no mercado.
Impacto industrial
A demanda tem se mostrado consistente, tanto por parte de fecularias como de farinheiras, que buscam formar algum estoque para os próximos meses.
"Algumas empresas não conseguiram receber matéria-prima na semana passada. Assim, a quantidade de mandioca processada pela indústria de fécula diminuiu 47% em relação ao período anterior", destacam os analistas do Cepea. Além disso, Zanqueta, que também é vice-presidente da Cooperativa Agroindustrial do Noroeste Paranaense (Copagra), diz que os processadores já estão dando férias coletivas aos funcionários ou reduzindo os turnos de trabalho para ajustar as contas. Para este elo da cadeia, as margens se ajustaram de maneira prejudicial nos últimos 40 dias.
Houve também diminuição no rendimento de amido das raízes. Com isso, a produção de fécula de mandioca foi de 45 mil toneladas em setembro, 37% abaixo do volume de agosto, segundo o Cepea.
Em contrapartida, no acumulado deste ano até setembro, a produção nacional soma 575,7 mil toneladas, 5,1% acima da do mesmo período de 2015. Pesquisadores do instituto acreditam que os vendedores de fécula vêm tendo dificuldades no repasse do aumento da matéria-prima ao produto final, contexto que mantém reduzido o volume de negócios.
Fato que não se aplica ao mercado de farinha de mandioca, que se mostra mais aquecido. Em setembro, o valor médio do tipo grossa branca/crua subiu 2%, a R$ 81,42 por saca de 40 quilos.
Ponta final
"A pergunta que fica agora é: será que a ponta vai suportar?", questiona Zanqueta.
O economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Flávio Godas, afirma que os preços da raiz vêm em uma crescente desde o mês de maio. Ele confirma que a oferta está reduzida, inverso do que ocorria no início do ano.
"Aqui no atacado também tem se destacado a questão da agregação de valor. Antes você só via a raiz, agora ela já vem limpa, em embalagens a vácuo, por exemplo, e isso encarece o produto", comenta o especialista.
Entre os meses de janeiro e agosto, houve queda de 4,3% no volume ofertado, contra o mesmo período de 2015.
Veículo: DCI
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