Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Redes de Supermercados

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Redes de Supermercados

15/12/2014 12:03 - De Crato para a ceia de Natal da elite paulistana

Pela primeira vez, cesta de casa de luxo tem produtos asiáticos entre os itens importados

 

 



Desde 1980, em média cem trabalhadores percorrem de ônibus mais de 2 mil quilômetros que separam as cidades de Crato, no Ceará, e Arapiraca, em Alagoas, a São Paulo, para cumprir uma rotina que já virou tradição.

Todos os anos, entre outubro e dezembro, eles desembarcam num galpão de 10 mil metros quadrados na Vila Leopoldina, na zona oeste da capital paulista, onde está concentrada a montagem das luxuosas cestas de Natal da Casa Santa Luzia. Além da passagem de ônibus, eles têm alojamento, refeições e assistência médica oferecida pela empresa. Eles recebem, em média, R$ 2.540 por mês.

"O diferencial desses trabalhadores é o comprometimento. Eles não negam fogo", diz a diretora-geral da Casa Santa Luzia, Ana Maria Lopes, que representa a terceira geração da família dos fundadores da empresa. Ela lembra que boa parte dos temporários cumpre essa rotina há vários anos. "Tem até parentes no grupo." Quando se contrata um temporário por aqui, o comprometimento não é o mesmo. "Se ele consegue uma vaga efetiva, desiste."

É exatamente esse risco que a empresa não pode correr se quer manter a qualidade do produto num segmento de negócio, o de cestas de Natal, que começou nos anos 50.

Na época, lembra Jorge Lopes, sócio da empresa e responsável pela criação desse segmento de negócio até hoje comandado por ele, as cestas de Natal não eram comuns no Brasil. A empresa pioneira nesse mercado foi a Amaral, que vendia as cestas em 12 prestações mensais. As pessoas começavam a pagar a cesta em janeiro para recebê-la no fim do ano e ainda concorriam a prêmios. Mas, com o aumento da inflação, a fórmula não deu certo. "O valor arrecadado ao longo do ano não dava para comprar nada e a empresa quebrou."

Atento aos problemas enfrentados pela concorrente, Lopes diz que resolveu entrar nesse segmento, mas de forma diferente. Começou a montar cestas com itens importados de alta qualidade e vendê-las para a elite paulistana. Posteriormente, o produto começou a ser comercializado para as empresas. A primeira foi a Vemag, representante alemã da DKV, que comprou 354 cestas no Natal de 1953.

Hoje, o negócio de cestas e presentes de Natal responde por 30% do faturamento do último trimestre, que a empresa não revela. Neste ano, serão montadas 200 mil cestas de Natal, entre 2% a 3% mais, em relação ao ano passado. O pico de produção de cestas ocorreu em 1992, quando foram 500 mil unidades. Posteriormente, a companhia decidiu reduzir o ritmo de produção, temendo a perda de qualidade.

Câmbio. Se no começo, 100% da cesta era composta por itens importados - hoje, eles representam 80%. Lopes, que aos 83 anos comanda diariamente a operação da montagem das cestas, anotando cada lote de produtos nas páginas de seu caderno espiral, copiadas com papel carbono, diz que o aumento da cotação do dólar em relação ao real não afetou o preço das cestas. Na sexta-feira, o dólar fechou em R$ 2,659, alta de 13% desde janeiro.

Ele explica que a diferença de preço da cesta neste ano não é tão grande porque a companhia trabalha com dólar médio. Além disso, são negociados grandes volumes, o que aumenta o poder para barganhar preços com 150 fornecedores, a maioria estrangeiros. Só de uva passa são 25 toneladas, de torrones 100 mil unidades e de espumantes 125 mil garrafas.

De toda forma, a empresa, que começou vendendo cestas para a elite paulistana, adaptou-se ao tempos bicudos. Neste ano, pela primeira vez, itens asiáticos passaram a integrar a cesta. Trata-se de um biscoito no mais genuíno estilo inglês, mas fabricado na Indonésia. Detalhe: o preço em dólar é 10% menor. Outra novidade foi a redução do valor mínimo da cesta. Com três itens, todos nacionais, a cesta custa R$ 48. Mas o preço da mais sofisticada pode chegar a R$ 5 mil.



Veículo: O Estado de S. Paulo

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

17/07/2025 17:50 - Mix Mateus anuncia nova loja em Juazeiro do Norte (CE)
17/07/2025 17:49 - Supermercado Colono inaugura loja em Santo Augusto (RS)
17/07/2025 08:59 - X Supermercados inaugura loja de 1,5 mil m² no bairro Cocaia, em Guarulhos (SP)
16/07/2025 15:52 - Grupo ABC inaugura loja em Candeias (MG)
14/07/2025 18:41 - Bistek planeja abrir loja de Tramandaí (RS) em setembro
14/07/2025 16:46 - Zaffari investe na ampliação de loja aberta há 25 anos em Porto Alegre (RS)
14/07/2025 16:43 - SuperKoch será loja-âncora de megaempreendimento em Itajaí (SC)
14/07/2025 08:42 - Celso Furtado é o novo CEO e diretor-geral da rede de varejo Coop
11/07/2025 16:27 - Festval abre 33ª loja e confirma outras quatro até o fim do ano
10/07/2025 17:43 - Max Atacadista chega com nova loja a Olímpia (SP)
10/07/2025 17:41 - Minuto Pão de Açúcar chega a 213 lojas no primeiro trimestre de 2025
09/07/2025 09:13 - Supermercados Avenida reinaugura duas lojas em Assis (SP)
08/07/2025 08:11 - Supermercados BH abre primeira loja em Bambuí (MG)
07/07/2025 19:57 - Grupo Mateus inaugura unidade do Camiño em Porto Franco (MA)
07/07/2025 18:55 - SuperKoch traz novo conceito em loja de Itapema (SC)

Veja mais >>>