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21/06/2013 11:48 - Galeazzi deixa Pão de Açúcar e critica Casino
Quatro meses após sua indicação ao conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Claudio Galeazzi renunciou ao cargo, em carta enviada na quarta-feira ao presidente do conselho, Abilio Diniz, que havia indicado o sócio da Galeazzi & Associados para a função. Críticas pesadas à postura do Casino foram mencionadas por Galeazzi como justificativa para a sua saída.
Ele era o conselheiro mais próximo de Abilio, com quem tem uma relação de amizade antiga. Sua saída foi motivada pelo que ele chama de "insinuações" do Casino, controlador do GPA, que faria "mau uso" do conselho por conta de "interesses próprios".
"Não sou a pessoa indicada para lidar com as atitudes de um acionista que insiste em deixar em segundo plano a gestão da empresa, para focar em litígios com acionistas", escreveu Galeazzi. A possibilidade de acabar sendo envolvido nas disputas jurídicas entre Abilio e Casino - que travam uma batalha legal em câmara de arbitragem, em São Paulo - incomodava Galeazzi, para quem que o conselho do GPA não estaria mais se prestando "ao seu mister".
O Casino enviou duas cartas a Galeazzi, em 13 de maio e 14 de junho. Na primeira, pede a Galeazzi uma cópia do contratou ou, pelo menos, uma descrição dos serviços prestados por ele à empresa de alimentos BRF, e indicação da remuneração que está recebendo ou poderia vir a receber da BRF. Na segunda carta, o Casino diz que não recebeu as respostas de Galeazzi e reforça o pedido. Como pano de fundo, está o fato de o Casino acreditar na existência de conflito de interesses na presença de Galeazzi no conselho de GPA e na consultoria que presta serviços à BRF, parceira comercial da varejista.
"Essa omissão é inaceitável", escreveu o Casino, ao citar a falta de respostas de Galeazzi, e levanta "questões legais", sobre as quais o controlador "precisa ser corretamente informado de modo a assegurar os interesses do grupo". O controlador francês informou ontem que apenas perguntou a Galeazzi sobre a natureza dos serviços na BRF, mas ele recusou-se a responder e deixou a empresa sem esclarecimentos. A carta de demissão foi apresentada ontem na reunião do conselho do grupo.
"O sistema de gestão do Casino é o da Branca de Neve e os sete anões, aquele que não deixa ninguém crescer. É uma gestão imperial", disse Galeazzi, ontem. "Se eles [Casino] conseguissem me atingir, atingiriam Abilio também e eu não tenho nenhum interesse nisso. A carta de pedido de esclarecimentos do Casino é um desrespeito e eu não tenho que participar disso".
Questionado sobre a possibilidade de estar livre para trabalhar com a BRF, Galeazzi disse que o atual contrato de "coaching" termina no fim de julho e ainda não sabe o que acontecerá mais à frente. "Isso é algo que não depende do Abilio. Ele é presidente do conselho de BRF, e não decide isso", afirmou o consultor. Ele nega que vá presidir a BRF no Brasil.
Abilio reagiu, em carta enviada aos membros do conselho: "O Casino tudo fez para constranger e prejudicar a atuação do conselheiro Galeazzi [...]. E o fez por conta de um único objetivo: tentar conquistar pontos no litígio que trava comigo, deixando em segundo plano o interesse da CBD [Pão de Açúcar]".
A Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) estudou a questão da existência ou não do conflito de interesses no fato de Abilio acumular posição nos conselhos de GPA e BRF. Conclui que "a existência de potencial conflito de interesses, por si só, não deve ser um impeditivo para a participação de determinada pessoa no conselho de administração de uma empresa". Mas não chegou a consenso sobre o acúmulo do cargo de presidente em conselhos.
A Amec diz que eventuais conflitos devem ser contrapostos a potenciais benefícios. "Trata-se de uma análise notadamente subjetiva", afirma a organização em carta encaminhada, de forma privada, a ambas as companhias.
A Amec sugere que os conselhos das duas empresas indiquem formalmente, por meio de correspondência à associação, quais são os mecanismos envolvidos na administração de possíveis conflitos não administráveis (aqueles que não podem ser previstos). Na avaliação da Amec, esta informação deveria, inclusive, ser pública.
Veículo: Valor Econômico

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