Redes de Supermercados
04/06/2012 11:44 - Mineira Multi Formato cresce ao seguir rastro do 'atacarejo '
Dona das bandeiras Super Nosso e Apoio Mineiro, a companhia Multi Formato, que atua na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), registrou no último ano crescimento de 59% do faturamento, passando de R$ 646 milhões para R$ 1 bilhão, também por conta do aumento na área de "atacarejo". Desta forma, a rede já aparece entre as vinte maiores do segmento no Brasil. A marca hoje soma 22 lojas e pretende fechar o ano co m um crescimento de 30%. "Somos uma empresa familiar e a base desse sucesso está em nosso comprometimento", garante Rodolfo Nejm, diretor-comercial da Multi Formato.
A empresa teve início na década de 1940, em Belo Horizonte, quando Fuad Elias Nejm, imigrante libanês, inaugurou seu armazém. Mas o ingresso no autosserviço se deu há pouco mais de uma década, pelas mãos de seu filho, Euler Fuad Nejm, atual presidente da marca, que comandou um retorno eficaz ao segmento varejista. "Já estávamos no ramo atacadista e vimos a possibilidade de chegar até o consumidor final, abrindo para o varejo. Inicialmente franqueamos uma marca internacional que foi motivadora e nos deu know-how, e em 1998 abrimos o Super Nosso", explica o diretor-comercial.
Depois de abrir mais duas unidades Super Nosso, o grupo adquiriu, em 2002, a loja Apoio, que passou a se chamar Apoio Mineiro e especializou-se no chamado "atacarejo". Hoje a bandeira é responsável por 60% do faturamento do grupo. "O faturamento maior vem do Apoio Mineiro, principalmente devido às grandes compras, porque o modelo atende tanto a compra do consumidor individual como a dos comerciantes transformadores, como restaurantes, hotéis e doceiros, então o tíquete médio é naturalmente maior. Já o Super Nosso é voltado a serviços e conveniência, público mais A e B, que vai ao estabelecimento em média duas vezes por semana e faz uma compra não tão grande, mais dispersa." É o que conta Rodolfo Nejm.
Justamente por focar no público de alta renda, o Super Nosso conta com produtos exclusivos, como queijos, sorvetes e a adega, e de alto padrão, como comida japonesa e alimentos próprios desenvolvidos por nutricionistas e consultores.
Crescimento
Para Nejm, o incremento de 59% do faturamento alcançado em 2011 foi fruto dos investimentos dos últimos anos, tanto em processo como em estrutura de forma geral. "Para o consumidor, a nossa marca vem sendo consolidada ao longo desses anos com o posicionamento de preço baixo no Apoio Mineiro e um diferencial muito grande nos serviços do Super Nosso. Os clientes vêm gostando da marca e aprovando nosso serviço e ainda, paralelo a isso, temos uma política comercial bem agressiva. A escala de compras foi aumentando e conseguimos ter até no Super Nosso, que o principal atrativo não é o preço, um valor médio dentro do mercado. E no Apoio a gente realmente é o mais barato da região", comenta.
Para Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Multi Formato teve desempenho surpreendente no último ano. "Eles foram o destaque do Ranking Abras 2012, subindo quatro colocações, a maior alta dentre os maiores do setor supermercadista", aponta. Ao alcançar faturamento de R$ 1 bilhão, o grupo pulou da 24ª para a 20ª colocação.
Hoje a companhia conta com cerca de 3.700 funcionários e tem expectativas de abrir três lojas com a bandeira Apoio Mineiro e mais uma Super Nosso, ainda em 2012. Apesar do maior número de lojas, a área de atuação por enquanto deve ser mantida dentro da Grande Belo Horizonte.
Rodolfo Nejm acredita que os maiores diferenciais da rede são a estrutura e o posicionamento bem definido das marcas. "Com a economia crescente dos últimos anos, aumentou bastante o volume de vendas do Apoio Mineiro. O comércio começou também a nos procurar cada vez mais como uma forma de distribuição. O comerciante mesmo veio buscar no Apoio a sua solução, a maior parte do crescimento foi devido a esta demanda", esclarece.
Dificuldades
Mas como nem tudo são flores, o diretor comercial da Multi Formato também detecta algumas dificuldades no ramo em que trabalha. Além da alta carga tributária, Nejm cita a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada e a perda de mercadorias como empecilhos para um crescimento ainda maior.
"Nos supermercados trabalhamos muito com jovens e primeiro emprego, a função exige expediente aos sábados e domingos e o salário, devido ao percentual de lucros, fica abaixo de outras categorias como construção, siderurgia e mineração. Por esses motivos temos uma grande dificuldade em contratar trabalhadores. Além disso, como lidamos com mercadorias perecíveis, acabamos perdendo muita coisa", argumenta o diretor.
Veículo: DCI

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