Jantar de apresentação do 38º Ranking Abras/SuperHiper, realizado, neste ano, na capital federal, homenageou as maiores empresas do setor e teve como destaque a apresentação da Frente Parlamentar Mista de Comércio, Serviços e Empreendedorismo

No dia 28 de abril, mais de 500 profissionais do setor supermercadista, da indústria e autoridades políticas estiveram reunidos no tradicional jantar de apresentação do Ranking Abras/SuperHiper, que neste ano aconteceu em Brasília (DF) e congregou a apresentação da Frente Parlamentar Mista de Comércio, Serviços e Empreendedorismo. Na ocasião, os presentes puderem conferir a homenagem feita para as 20 primeiras colocadas (veja a seguir) e as principais conclusões da 38ª edição do estudo, que compilou dados de 1.107 empresas supermercadistas de todo o Brasil. 

O levantamento, em questão, revelou que, em 2014, o setor obteve alta real de 1,8% no faturamento, alcançando receita de R$ 294,9 bilhões no ano — montante que representa 5,3% do PIB brasileiro. A pesquisa, elaborada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras, em parceria com a Nielsen, está publicada na íntegra, na edição de abril de SuperHiper. Ela proporciona, ao setor, a possibilidade de visualizar o comportamento do mercado, práticas adotadas pelos empresários e principais tendências.

Na presença dos empresários, presidentes das associações estaduais, fornecedores e dos parlamentares, o presidente da Abras, Fernando Yamada, reforçou a relevância que o estudo tem para o varejo supermercadista. “O Ranking Abras mostra a importância do setor para a economia do País, para o mercado de consumo e para a sociedade. Afinal, somos grandes empregadores e a principal fonte de abastecimento para a população brasileira”, ressaltou durante a abertura do evento.

Na visão de Yamada, mesmo diante da instabilidade econômica, o setor continuará crescendo. “Estamos otimista e, independentemente do cenário, vamos trabalhar muito pelo fortalecimento deste segmento.” Em seu discurso, o presidente da Abras também exaltou a importância e os progressos que serão gerados pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) e pela recém-instalada, no Congresso Nacional, Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (veja na reportagem a seguir).

Dinâmicas do varejo

Após as saudações iniciais e as palavras do anfitrião Yamada, o presidente da Nielsen do Brasil, Luis Arjona, fez uma apresentação, na qual observou que os supermercadistas, responsáveis pelo principal canal de varejo de alimentos do País, devem estar atentos às necessidades dos consumidores para que suas empresas continuem a crescer.

“Cada vez mais o shopper está tendo um perfil multicanal, especialmente nos momentos de instabilidade econômica”, pontuou Arjona. “Neste contexto, destaca-se o varejo de vizinhança e o Cash & Carry, canal que já está ao alcance de 43% da população.” Mesmo o atual cenário de incertezas, vivenciado pelo Brasil, pode trazer oportunidades para o varejo supermercadista brasileiro, conforme aponta a Nielsen. De acordo com a empresa, 64% das famílias estão reduzindo a alimentação fora do lar. “Em contrapartida, as compras no autosserviço tendem a aumentar. Um comparativo dos últimos dois anos mostra aumento de 12% no gasto médio em setores de importância primária, como o abastecimento do lar, em 2014”, revela o executivo. 

O presidente da Nielsen também apresentou outros dados e particularidades do setor, como o montante de R$ 5,2 bilhões de investimentos divulgados no ano passado. Deste total, mais da metade (54,3%) dos recursos foi direcionada para a reforma e construção de lojas. Maior empregador privado do País, o varejo também tem 58,4% de suas empresas envolvidas com projetos sociais, principalmente em áreas como nutricional, cultural e esportiva.