A Páscoa 2017 deverá registrar vendas no mesmo patamar do ano anterior para 48,5% dos supermercadistas, de acordo com a Pesquisa de Páscoa, realizada pelo Departamento de Economia da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), divulgada hoje 2/3 pela entidade nacional.
O levantamento aponta que apenas 12,1% dos empresários estão otimistas em relação à data, e projetam números superiores aos registrados em 2016. No entanto, 39,4% dos empresários acreditam que os resultados de 2017 serão inferiores aos apresentados no ano anterior.
As encomendas dos supermercados apontam para uma redução nominal de -4,9% nas vendas da Páscoa 2017. Deflacionada pela variação média dos produtos pesquisados, 3,1%, a redução real deverá ser de -7,7%.
De acordo com o superintendente da ABRAS, Marcio Milan, o resultado já era esperado. “O momento econômico atual, com taxa crescente de desemprego e vendas mais tímidas, está refletindo nas expectativas dos supermercadistas, que estão mais receosos”, ressalta o superintendente.
Encomendas
Em relação às encomendas de chocolates, tradicionais na época, os varejistas preferiram ser mais cautelosos este ano, e apostaram nos produtos de menor valor agregado, como as caixas de bombons de 400 gramas (4,0%), chocolates em geral (barra, tablete, etc.), 4,0% e bombom bola (2,1%). O restante dos produtos registrou queda nas encomendas: Ovos de Páscoa em Geral (-9,8), Ovos de Páscoa acima de 150 gramas até 500 gramas (-9,8%), Ovos de Páscoa até 500 gramas (-9,4%), Ovos de Páscoa até 150 gramas (-5,9%).
Em compensação, alguns produtos bem procurados na data tiveram aumento nas encomendas: cerveja (4,5%), azeite (3,4%), refrigerante (1,8%), peixe em geral (1,0%) e vinho nacional (0,6%). Já alguns itens típicos apresentaram queda nas encomendas em relação a 2016: colomba pascal (-5,2%), importados em geral (-1,5%), vinho importado (-0,3%) e bacalhau (-0,2%).
Preços em alta
Em relação à variação de preços dos produtos (indústria/fornecedores) na comparação com a Páscoa de 2016, no grupo dos chocolates, o bombom em caixa (400 gramas) apresentou a maior alta (4,4%), seguido de chocolates em geral (barra, tabletes, etc.), que registrou 4,1%, bombom bola (3,7%), Ovos de Páscoa até 150 gramas (3,7%), Ovos de Páscoa em geral (3,4%), Ovos de Páscoa mais de 150 gramas até 500 gramas (2,8%), Ovos de Páscoa acima de 500 gramas (2,0%).
Ainda em relação aos preços dos produtos (indústria/fornecedores), o bacalhau foi o item que apresentou menor variação (1,5%), seguido dos importados em geral que registraram apenas 2,2%, favorecidos pelo câmbio, colomba pascal (2,5%), peixes em geral (2,6%), refrigerante (3,1%), vinho importado (3,2%), azeite (3,2%), vinho nacional (3,3%) e cerveja (3,7%).
“Apesar da perspectiva negativa, a Páscoa é uma das datas mais importantes para o setor supermercadista, e sabemos que os empresários de supermercados não medirão esforços para que os nossos clientes consigam encontrar os produtos que procuram, e fazer da data um momento especial”, finaliza Milan.
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