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Artigo: As perdas no mercado argentino 17/04/2014 às 13h

*Antonio Carlos Ascar


 

As "perdas" nos supermercados argentinos, de acordo com pesquisa da Associação de Supermercados Unidos (ASU), chegaram no ano passado a 1,4 bilhões de pesos. É o maior valor dos últimos 6 anos. Furtos internos e externos são os grandes vilões. O que as empresas podem fazer?


Elaborado com informações fornecidas pelas principais redes de supermercados do país, Disco, Carrefour, Coto, Dia, Cooperativa Walmart, Cordiez, Cormoran, Josimar, Jumbo, entre outras, o 7º Censo Nacional de Redução e Prevenção de Perdas apresentado pela Hazar Consulting, revelou que a perda sobre vendas, em todo o país foi de 1,70%. Isto é algo próximo a 1.440 milhões de pesos para estas empresas. Este número é superior ao do ano anterior que chegou a 896 milhões de pesos, 1,48% sobre vendas.


Essas são as principais causas apontadas:


Roubo externo 23,69%
• Furto de produtos em sacos de alumínio.
• Ocultar produtos em roupas ou bolsas.
• Consumo de alimentos no local.


Roubo Interno 15,44%
• Consumo na loja.
• Alteração dos códigos das mercadorias.
• Mercadoria escondido na roupa ou pastas.


Erros administrativos 12,30%
• Erro na preparação e gravação de documentos.
• Erro de digitação do caixa.
• Registro errado ao receber mercadorias.


Desperdícios de produtos na preparação totalizaram 10,46% . Observa-se um aumento significativo em relação a roubos externos (23,69% versus 19,89% no ano anterior). Este aumento acontece apesar do continuo investimento em segurança, feito pelas redes, tanto em recursos humanos quanto em equipamentos.


No que diz respeito às medidas de prevenção mais utilizadas pelas empresas que fizeram parte da amostra, continuam destacando-se: auditoria interna, áreas fechadas no depósito para armazenagem, guardas uniformizados, outsourcing e etiquetas eletrônicas (EAS System), entre outros. É muito comum que os ladrões profissionais sejam mulheres acompanhadas por crianças. Os seguranças são menos rigorosos com elas. As mais prejudicadas são as pequenas lojas da periferia.


O Censo informou que as cadeias têm estudado as atitudes de ladrões profissionais. Mas nem todo mundo pode fazer isso. Já há procedimentos de segurança muito bem elaborados pelas grandes redes que tem minimizado seus problemas, porém ele continua.



Medidas de Segurança em uso

O Censo também lista medidas preventivas comumente utilizadas pelas redes participantes. A lista é apresentada em ordem de "maior utilização" pelas redes.


• Auditoria Interna.
• Áreas fechadas no depósito para determinadas mercadorias.
• Seguranças uniformizados.
• Etiquetas eletrônicas / sistemas EAS.
• Circuito Fechado de TV.
• Programas de sensibilização aos funcionários.
• Prateleiras bloqueado no ponto de venda.
• Revista aos funcionários na saída.


Oportunidades de melhoria

A tecnologia disponível para evitar o roubo é muito boa e deveria ser incrementada. As cadeias deveriam conseguir dos fornecedores a colocação de etiquetas de segurança já na fábrica. Os procedimentos de segurança devem sempre ser otimizados e haver bons controles para que sejam sempre obedecidos por todos.


A administração das perdas é uma questão de grande complexidade. Os resultados deste ano mostraram que a manutenção de medidas de segurança atuais não garantem taxas declinantes. Combater adequadamente as perdas começa a exigir uma estratégia de prevenção coletiva das redes, com muitas trocas de informações. Um bom começo é a troca, entre elas, de experiências de sucesso e de fracasso e a busca de soluções conjuntas.

 

 

Ascar1

 

Ascar2

 

 



* Antonio Carlos Ascar é estudioso das tendências mundiais do varejo de autosserviço. Graduado e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV (SP), e especialização em Empreendedorismo pela Babson College de Boston (EUA). É autor do livro Glossário Ascar de Termos Supermercadistas e do livro Distribuindo as Camisas (à venda no site www.terradosaber.com). Por 31 anos foi diretor executivo do Grupo Pão de Açúcar, implantou diversos formatos de loja como: Extra, Minibox, Superbox, Peg Faça, Express, entre outros. Atualmente é consultor e sócio diretor da Ascar & Associados, empresa de consultoria que atua na prestação de serviços a redes supermercadistas. Ascar é também consultor de varejo da Abras e articulista da revista SuperHiper, publicação Abras. www.ascarassociados.com.br

 

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